A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER) alcançou uma redução de aproximadamente 47% no tempo de internação dos recém-nascidos nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs). Nos últimos seis meses, o tempo médio de permanência dos bebês caiu de 25 para 13 dias, resultado da adoção do método Kanban e de outras estratégias que têm priorizado a eficiência e a humanização do atendimento.
A implementação do Kanban, um sistema de gestão visual que otimiza os fluxos de trabalho, desempenhou um papel crucial nessa melhoria. O método permitiu uma organização mais eficaz dos leitos e agilizou a dinâmica de atendimento, o que possibilitou a assistência a um número maior de bebês de forma mais rápida e eficiente. Marcele Avelino, diretora técnica da NMDER, afirmou que essa redução é fruto do esforço contínuo das equipes assistenciais e da gestão da unidade.
“Essa conquista é o reflexo de um trabalho estratégico e dedicado. A introdução do Safety Huddle e do Kanban não apenas aprimorou os fluxos de trabalho, mas também fortaleceu a comunicação e a segurança, garantindo que cada decisão fosse tomada de forma mais ágil e humanizada. Isso resultou em um atendimento de melhor qualidade para os recém-nascidos, dentro do tempo adequado”, declarou Marcele.
A coordenadora da Neonatologia, Lilian Karla Oliveira, destacou que a adoção do Kanban trouxe maior controle sobre a ocupação dos leitos, o que permitiu um planejamento mais eficaz das altas hospitalares.
“Com o Kanban, conseguimos acompanhar de perto a evolução de cada bebê, o que facilitou a organização e o agendamento das altas. Isso resultou em uma diminuição significativa do tempo de internação, além de promover uma recuperação mais rápida, reduzir riscos de infecção e fortalecer o vínculo familiar. A satisfação da equipe aumentou, e mais leitos passaram a ser disponibilizados para novos pacientes, o que ajudou a otimizar os recursos do sistema de saúde”, afirmou Lilian.
A redução no tempo de internação também trouxe benefícios diretos para as famílias, que agora podem estar reunidas com seus filhos por um período mais curto, mas com a mesma qualidade de cuidado. Este é o caso de Auridete da Silva, mãe de Zaya, uma recém-nascida prematura que teve alta após seis dias de internação na UTI Neonatal.
“Minha filha nasceu prematura, pesando apenas 1,3 kg, e ficou na UTI Neonatal por seis dias. Durante esse tempo, pude acompanhá-la de perto, e os profissionais foram sempre atenciosos, nos informando sobre sua recuperação. Nós praticamos o método canguru, o que foi fundamental para nossa conexão. Hoje, Zaya já está com 2,8 kg e está prestes a ter alta. A recuperação dela tem sido muito rápida”, relatou Auridete, visivelmente emocionada.