Estudo aponta que temperaturas acima de 40ºC elevam risco de morte entre idosos

Reprodução: EddieKphoto/Pixabay

Uma pesquisa conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela os impactos graves das ondas de calor sobre a saúde dos idosos. O estudo aponta que a exposição a temperaturas superiores a 40ºC por mais de quatro horas pode aumentar em até 50% o risco de morte em pessoas idosas, com destaque para doenças como hipertensão, diabetes, insuficiência renal, infecção urinária e Alzheimer.

O estudo alerta para a atual onda de calor que afeta diversas regiões do Brasil. Publicado em janeiro deste ano, o artigo foi submetido a revistas científicas internacionais, reforçando a relevância do tema.

A pesquisa analisou 466 mil registros de mortes naturais no Rio de Janeiro entre 2012 e 2024, além de aproximadamente 390 mil óbitos relacionados a 17 causas específicas. Desses, 12 apresentaram aumento de mortalidade entre os idosos durante períodos de calor extremo.

Os dados foram examinados de acordo com o Protocolo de Calor do Rio de Janeiro, que classifica os níveis de calor em uma escala de um a cinco, indicando os riscos e as ações necessárias para cada situação. O nível quatro é atingido quando as temperaturas ultrapassam os 40ºC por quatro horas ou mais. Já o nível cinco ocorre quando as temperaturas são iguais ou superiores a 44ºC por duas horas. O estudo constatou que o aumento da mortalidade foi semelhante em ambos os cenários, embora a gravidade tenha se intensificado com a duração prolongada da exposição ao calor.

Para melhorar a análise, os pesquisadores desenvolveram uma nova métrica chamada Área de Exposição ao Calor (AEC), que leva em consideração tanto a intensidade quanto o tempo de exposição ao calor. Esse método mostrou-se mais eficaz do que a simples média ou os registros máximos de temperatura, evidenciando que o calor extremo representa um risco significativo para idosos e pessoas com doenças crônicas.

As ondas de calor, segundo o estudo, não são um problema restrito a uma região específica do Brasil. Trabalhadores expostos ao sol, crianças, idosos, pessoas com condições de saúde preexistentes e indivíduos em situação de rua são os grupos mais vulneráveis às temperaturas extremas.

Os pesquisadores ressaltam a urgência da implementação de políticas públicas que protejam a população, adaptando as cidades e oferecendo mais suporte para os grupos mais afetados pelas altas temperaturas.

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