Pesquisas realizadas no Instituto Kennedy, nos Estados Unidos, sugerem que o autismo pode ocorrer com maior frequência dentro de uma mesma família. O estudo indica que as crianças têm sete vezes mais chances de serem diagnosticadas com autismo se um irmão mais velho já apresentar o transtorno.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 1.600 bebês que tinham um irmão mais velho diagnosticado com autismo. Ao longo de avaliações repetidas realizadas entre 6 meses e 3 anos de idade, os resultados revelaram que 20% das crianças com um irmão mais velho autista provavelmente também seriam diagnosticadas com o transtorno. O risco aumenta conforme o número de irmãos autistas na família: mais de 36% das crianças com mais de um irmão com autismo desenvolveriam o transtorno.
Influência do sexo e fatores raciais no risco do autismo
O estudo também apontou que o sexo da criança tem um impacto considerável no risco de desenvolvimento do autismo. Irmãos mais novos do sexo feminino, cujos irmãos mais velhos são autistas, mostraram uma probabilidade de 35% de também serem diagnosticados com o transtorno. Já para os meninos, a chance foi de 23%. Isso sugere que meninas têm uma predisposição maior a desenvolver autismo do que meninos.
Além disso, o estudo revelou que a etnia também pode desempenhar um papel na incidência de autismo dentro das famílias. Aproximadamente 19% das famílias brancas apresentaram autismo recorrente em outros filhos, enquanto o número foi de 25% nas famílias de outras etnias.
A educação materna como fator de risco
Outro fator observado pelos pesquisadores foi a relação entre a educação materna e a probabilidade de recorrência do autismo. O estudo mostrou que o autismo tendia a ocorrer em irmãos mais novos com maior frequência (cerca de 33%) em famílias cujas mães tinham ensino médio ou inferior. Esse risco diminuía consideravelmente quando as mães possuíam nível superior.
Fonte: Terra
