Sinais iniciais do alzheimer: o que você precisa saber

Reprodução: Foto/pixabay

O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns, afetando atualmente mais de 1,2 milhão de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de pessoas com a doença aumente significativamente nos próximos anos. Embora a ciência ainda não tenha encontrado uma cura para a condição, é possível identificar sinais precoces que ajudam no diagnóstico e acompanhamento da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, mundialmente, cerca de 55 milhões de pessoas convivem com algum tipo de demência, e o Alzheimer é o mais prevalente, afetando aproximadamente 70% dessas pessoas. A perda de memória, um dos principais sintomas, está geralmente associada à doença, mas outros sinais também podem indicar o início do quadro.

Primeiros sinais do Alzheimer: como identificar?

Desorientação em ambientes conhecidos

De acordo com o neurologista Guilherme, um dos primeiros indícios do Alzheimer é a perda de memória que começa a gerar preocupação. Um exemplo clássico é quando o paciente se perde em um trajeto já conhecido, não conseguindo se localizar em espaços familiares. Se esses episódios de esquecimento se tornam frequentes, é um sinal claro de que algo não está bem. “Embora esses sinais não confirmem o Alzheimer, eles indicam uma perda cognitiva significativa”, alerta o especialista.

Esquecimentos que impactam o dia a dia

Outro sinal importante é o esquecimento de tarefas cotidianas, como o pagamento de contas ou até mesmo confusão com trocos. O neurologista destaca que esses lapsos, que afetam diretamente a administração doméstica e financeira, devem ser observados com atenção.

Repetição excessiva

A repetição constante de perguntas ou a necessidade de revisar informações repetidamente também são sinais de alerta. Pacientes com Alzheimer frequentemente se vêem repetindo a mesma informação ao longo do dia, o que deve ser observado por familiares e amigos próximos.

Dificuldade de comunicação

A perda de palavras simples e dificuldades para se expressar corretamente, como esquecer nomes de objetos cotidianos, também são indícios de que algo não está certo. Esses problemas de linguagem começam a interferir na capacidade de comunicação do paciente, afetando sua funcionalidade.

Problemas com tarefas familiares

A dificuldade em executar tarefas diárias conhecidas, como seguir uma receita de cozinha que antes era feita com facilidade, pode ser outro sinal de perda cognitiva. O abandono de atividades familiares por confusão ou incapacidade de concluí-las é um indício importante.

Mudanças comportamentais

Alterações no comportamento também são comuns em pacientes com Alzheimer. Segundo o neurologista Guilherme, esses indivíduos podem se tornar mais agressivos, irritáveis e rígidos. Mudanças no comportamento social, como falar sobre assuntos inadequados ou expressar impulsos sexuais de forma inadequada, também são sinais que merecem atenção.

Estágios do Alzheimer: como a doença se desenvolve?

O Alzheimer avança por diferentes estágios, variando de acordo com o grau de comprometimento cognitivo do paciente. No primeiro estágio, o paciente apresenta dificuldade progressiva em memorizar novas informações, embora ainda se lembre bem do passado. Esse esquecimento crescente interfere nas tarefas do dia a dia e pode afetar a independência do indivíduo.

No estágio moderado, a desorientação no tempo e no espaço se torna mais evidente. O paciente pode se perder em lugares conhecidos e mostrar dificuldade em reconhecer rostos familiares. Alterações comportamentais também podem surgir, como agressividade e apatia, além de problemas de linguagem e cálculo.

No estágio avançado, o quadro de esquecimento se torna ainda mais intenso, dificultando interações sociais e até mesmo pequenas conversas. O paciente se torna extremamente desorientado, e os sintomas motores, como perda de equilíbrio e dificuldades de coordenação, começam a surgir. Eventualmente, o paciente pode evoluir para um estado de deterioração neurológica global, tornando-se restrito à cama ou cadeira de rodas.

O acompanhamento médico regular e a identificação precoce dos sinais de Alzheimer são fundamentais para garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente e possibilitar intervenções que ajudem a retardar a progressão da doença. A conscientização sobre os sintomas e a busca por orientação especializada são passos importantes nesse processo.

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