O médico infectologista Alexandre Padilha tomou posse, nesta última segunda-feira (10/03), como novo ministro da Saúde, em cerimônia realizada em Brasília. Com uma trajetória consolidada na gestão pública e no Sistema Único de Saúde (SUS), Padilha retorna ao comando da pasta após sua experiência no cargo durante o governo Dilma Rousseff (2011-2014), quando implementou o programa Mais Médicos e ampliou a distribuição gratuita de medicamentos pelo Farmácia Popular.
Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Padilha tem extensa atuação em políticas públicas de saúde. Além do Ministério da Saúde, foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais no governo Lula (2009-2010), secretário municipal da Saúde de São Paulo (2013-2016) e deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT-SP), cargo que ocupava até o momento de sua nomeação para o ministério.
Durante sua primeira gestão à frente da Saúde, o Mais Médicos foi criado para suprir a carência de profissionais em regiões vulneráveis, chegando a contar com 18 mil médicos atendendo cerca de 60 milhões de brasileiros. Padilha também foi responsável pela ampliação do Farmácia Popular, que passou a fornecer medicamentos gratuitos para diabetes, hipertensão e asma, elevando o número de beneficiados de 10,3 milhões para 19,4 milhões. Além disso, investiu na expansão de serviços especializados em oncologia e cuidado obstétrico, por meio da antiga Rede Cegonha, relançada recentemente como Rede Alyne.
Na Câmara dos Deputados, coordenou a Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e integrou comissões voltadas à Seguridade Social, Direitos da Pessoa Idosa e Pessoas com Deficiência. Também foi autor da lei que garante indenização a trabalhadores da saúde e assistência social que sofreram sequelas em decorrência da Covid-19, além de relatar o projeto que viabilizou a aprovação do Piso Nacional da Enfermagem.
Como gestor municipal em São Paulo, implantou a Rede de Hospitais Especializados Hora Certa, criou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas e ampliou o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para os sábados, garantindo maior acesso da população a serviços essenciais.
Agora, à frente do Ministério da Saúde, Alexandre Padilha assume o desafio de fortalecer o SUS, ampliar programas estratégicos e enfrentar demandas emergenciais na saúde pública brasileira.
