Papa Francisco completa um mês internado: análise do estado de saúde do pontífice

Reprodução: Foto/BBC

Na última sexta-feira, (14/03), marcou-se o primeiro mês de internação do papa Francisco, de 88 anos, no Hospital Gemelli, em Roma. Admitido inicialmente com suspeita de bronquite, os exames confirmaram pneumonia bilateral, evidenciando um quadro clínico complexo, mas que atualmente se mantém estável, segundo informações da Santa Sé.

Na última quinta-feira, (13/03), a celebração dos 12 anos de pontificado foi marcada por um gesto simbólico: a equipe médica surpreendeu o pontífice com um bolo decorado, reforçando a esperança e o cuidado mesmo diante dos desafios impostos pela doença.

Esta é a internação mais prolongada que o papa enfrenta desde sua eleição em 2013. Ao longo de seu pontificado, Francisco já passou por quatro internações: em 2021, após uma cirurgia de cólon, onde permaneceu 10 dias no hospital; em 2023, foi hospitalizado por três dias devido à bronquite; e, ainda em 2023, em julho, realizou cirurgia para correção de uma hérnia abdominal, o que o manteve internado por 10 dias.

Especialistas explicam que, embora problemas respiratórios sejam frequentes em idosos, períodos tão extensos de hospitalização indicam a presença de complicações adicionais. “Em pacientes com maior vulnerabilidade, é comum que surjam intercorrências durante a internação, exigindo cuidados mais intensivos ao longo dos dias”, observa um especialista. Vale lembrar que o pontífice, que teve parte de um pulmão removido aos 21 anos, já apresenta uma condição pulmonar preexistente, tornando seu caso ainda mais delicado.

Nos dias subsequentes à sua admissão, os exames revelaram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. Em (18/02), foi confirmada a pneumonia bilateral, agravada por bronquiectasia e bronquite asmática. Em (22/02), o papa enfrentou uma crise respiratória asmática prolongada, que exigiu o uso de oxigênio de alto fluxo e transfusões de sangue devido à anemia associada. No dia seguinte, exames detectaram sinais de insuficiência renal leve.

O quadro agravou-se em (28/02), quando, após inalar vômito, Francisco sofreu um broncoespasmo que prejudicou sua função respiratória, necessitando de um procedimento de broncoaspiração e o uso de ventilação mecânica não invasiva. Em 3 de março, o pontífice passou por dois episódios de insuficiência respiratória aguda, decorrentes do acúmulo de muco nos brônquios e novos broncoespasmos. Desde então, apesar das complicações, sua condição tem se mantido estável.

Além dos desafios imediatos, médicos alertam para os efeitos colaterais das internações prolongadas em pacientes idosos. A médica geriatra Mariana destaca que períodos acamados podem causar perda de massa óssea e muscular, aumentando o risco de lesões por pressão, além de impactarem significativamente o bem-estar psicológico tanto do paciente quanto de seus acompanhantes.

O último boletim médico divulgado pelo Vaticano informa que, mesmo com a complexidade do quadro, o papa continua recebendo tratamento com alternância entre ventilação mecânica não invasiva à noite e oxigenação de alto fluxo durante o dia. Recentemente, a Santa Sé anunciou que a resposta positiva ao tratamento permitiu a retirada do pontífice do prognóstico reservado.

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