O Ministério da Saúde anunciou a expansão do Programa Mais Médicos em 2025 com a contratação de 2.279 novos médicos, elevando o número de profissionais para cerca de 28 mil em todo o Brasil. O novo edital oferece vagas para gestores de 4.771 municípios, com o objetivo de garantir atendimento médico em regiões de maior vulnerabilidade e áreas de difícil acesso.
Esses profissionais serão alocados nas equipes de Saúde da Família, responsáveis por fornecer atendimento mais próximo à população. Quando necessário, eles encaminham os pacientes para consultas com especialistas. Uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência desse processo é o e-SUS APS, o prontuário eletrônico do SUS. Este sistema gratuito facilita a integração das informações dos pacientes entre a atenção primária e a especializada, agilizando o processo de acompanhamento e evitando a duplicação de exames e consultas.
Além disso, nesta última segunda-feira (17/03), o Ministério da Saúde também deu as boas-vindas a 402 médicos formados no exterior, que irão iniciar suas atividades em 22 estados brasileiros a partir de abril. Esses profissionais serão alocados em cerca de 180 municípios e 15 Distritos Sanitários de Saúde Indígena. Com isso, o número de profissionais do programa Mais Médicos em operação dobrou desde 2022, passando de 13,1 mil para 26 mil médicos. Atualmente, mais de 66 milhões de brasileiros são beneficiados pelo programa.
Os municípios têm até o dia (24/03) para confirmar o interesse nas vagas, com os resultados do edital previstos para o dia 8 de abril. O novo edital também promove a igualdade étnico-racial, com a oferta de vagas afirmativas para médicos negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. A região da Amazônia Legal, por exemplo, contará com 473 vagas em 709 cidades.
O Mais Médicos cobre atualmente 81% do território brasileiro, com 26 mil profissionais atuando em 4,5 mil cidades. Destes, 1,8 mil municípios são classificados como de maior vulnerabilidade social. Em 2025, o programa atingiu o maior número de médicos ativos em Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), com 591 profissionais. O programa também tem incentivado a formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade, essencial para a atenção primária, a principal porta de entrada do SUS.
O Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), realizado em parceria com o Ministério da Educação (MEC), está recebendo os médicos formados no exterior. A formação inclui aulas sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), equidade étnico-racial, saúde mental e o programa Bolsa-Família, entre outros temas. Ao final, todos os médicos passam por uma avaliação e precisam alcançar uma média mínima de 50% para serem aprovados.