Um estudo recente revela que mais da metade da população mundial não está consumindo a quantidade adequada de micronutrientes essenciais à saúde, como cálcio, ferro e vitaminas C e E. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, destaca que essa carência contribui para a desnutrição global, além de estar associada a problemas de saúde graves, como cegueira, maior vulnerabilidade a infecções e complicações durante a gravidez.
Os pesquisadores analisaram dados de diversas fontes para avaliar a ingestão de nutrientes de pessoas em 185 países, focando em 15 vitaminas e minerais essenciais: cálcio, iodo, ferro, riboflavina, folato, zinco, magnésio, selênio, tiamina, niacina, além das vitaminas A, B6, B12, C e E.
Os resultados do estudo indicam deficiências nutricionais generalizadas, com 68% da população mundial apresentando ingestão inadequada de iodo, 67% com deficiência de vitamina E, 66% com ingestão insuficiente de cálcio e 65% com baixos níveis de ferro. Além disso, mais da metade da população não consome a quantidade necessária de riboflavina, folato e vitaminas C e B6. A ingestão de niacina foi um pouco mais equilibrada, com 22% da população consumindo níveis insuficientes, seguida por tiamina (30%) e selênio (37%).
O estudo também revela que as mulheres têm maior probabilidade de apresentar deficiências em nutrientes como iodo, vitamina B12, ferro e selênio. Por outro lado, os homens tendem a consumir menos niacina, tiamina, zinco, magnésio e vitaminas A, C e B6 em comparação às mulheres.
Crianças e jovens adultos, especialmente aqueles com idades entre 10 e 30 anos, são particularmente vulneráveis à baixa ingestão de cálcio, com destaque para regiões do sul e leste da Ásia e da África Subsaariana. A ingestão de cálcio também é preocupante em partes da América do Norte, Europa e Ásia Central.