EUA registra primeiro surto de gripe aviária H7N9 desde 2017

Reprodução: Ralphs_Fotos/pixabay

As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram o primeiro surto de gripe aviária H7N9 em uma granja desde 2017. A cepa, que é uma das mais perigosas para os seres humanos, foi detectada em uma granja de frangos no estado do Mississippi, afetando 47.654 aves. Embora o surto tenha se concentrado entre os animais, nenhum caso humano foi reportado até o momento.

De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), divulgado nesta segunda-feira (17/03), o surto foi limitado à granja, e as autoridades estão monitorando a situação de perto. A gripe aviária H7N9, uma variante do vírus influenza A, é conhecida por sua alta taxa de letalidade entre humanos, com mais de 600 mortes registradas globalmente desde sua identificação em 2013.

O que é a gripe aviária?

A gripe aviária é uma doença causada por diferentes subtipos do vírus influenza A, que afeta principalmente aves, tanto silvestres quanto domésticas. Entre as cepas mais comuns estão os subtipos H5N1, H5N8, H7N9 e H9N2. Recentemente, um aumento de casos envolvendo o H5N1 entre animais e humanos nos EUA resultou em uma escalada nos preços dos ovos, devido ao impacto nas granjas.

Além dos problemas econômicos, a disseminação do vírus entre mamíferos e humanos tem gerado crescente preocupação internacional, principalmente pela possibilidade de uma nova pandemia. Os sintomas da gripe aviária podem variar, mas geralmente incluem febre, tosse, dor de garganta, dificuldade respiratória e dores musculares, além de complicações mais graves, como pneumonia e convulsões.

Risco de transmissão entre humanos e as medidas de resposta

Embora o risco de transmissão entre pessoas ainda seja considerado raro, a OMS alerta para a letalidade do vírus H7N9, que já matou 616 pessoas (39% de mortalidade) entre os 1.568 casos registrados globalmente. As autoridades de saúde continuam monitorando o avanço da doença, principalmente em locais onde há casos de infecção em mamíferos, incluindo vacas leiteiras, o que eleva o nível de alerta.

O governo dos EUA, por meio da administração de Donald Trump, anunciou um investimento de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,68 bilhões) para combater a disseminação do vírus, com foco na contenção e controle do surto nas granjas e na prevenção de novos casos entre humanos.

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