A britânica Ashleigh Ellerton, de 29 anos, enfrenta um estágio terminal de câncer de mama após ter sinais da doença desconsiderados pelos médicos quando ainda tinha 24 anos. Apesar de relatar dores e perceber um caroço no seio, profissionais de saúde insistiram que ela era “jovem demais” para desenvolver a doença, sobretudo por não ter histórico familiar.
Foram necessários quatro meses até que o tumor fosse finalmente diagnosticado. Na época, Ashleigh havia dado à luz seu filho caçula e, em meio à maternidade, enfrentou um tratamento agressivo com quimioterapia, radioterapia e uma mastectomia para conter a doença. O esforço parecia ter surtido efeito, mas, em 2022, exames revelaram que o câncer havia se espalhado.
Agora, cinco anos após a descoberta da doença, Ashleigh recebeu a notícia de que não há mais opções de tratamento. Com metástases no fígado e na meninge, ela busca arrecadar fundos para proporcionar momentos especiais aos seus quatro filhos, que têm entre 5 e 11 anos. “Os médicos acreditam que me restam apenas três meses de vida”, relatou em suas redes sociais.
Principais sinais do câncer de mama
Os especialistas alertam para sintomas que podem indicar a presença da doença, como:
- Nódulos duros e irregulares nos seios, geralmente indolores;
- Alterações na pele, como inchaço e aspecto de “casca de laranja”;
- Retração da pele e inversão do mamilo;
- Dor persistente e secreção anormal pelos mamilos;
- Linfonodos palpáveis na região das axilas.
Diagnóstico tardio e desafios no tratamento
Durante um procedimento para tratar uma infecção na vesícula biliar, médicos identificaram que o fígado de Ashleigh estava tomado por células cancerígenas. A partir de então, seu prognóstico se agravou, e a doença evoluiu para complicações raras, como a doença leptomeníngea, quando as células do câncer se espalham para as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Ashleigh também relatou dificuldades para acessar tratamentos paliativos, como um medicamento que poderia amenizar seus sintomas, mas cuja administração foi considerada de alto risco pelos profissionais de saúde.
Diante desse cenário, ela optou por interromper qualquer novo tratamento invasivo e focar na qualidade de vida ao lado dos filhos e familiares. “Minha prioridade agora é criar memórias com meus filhos”, afirmou.
Criando memórias inesquecíveis
Com apoio da família, Ashleigh tem realizado passeios e viagens para aproveitar ao máximo o tempo que lhe resta. A jovem e seus filhos já visitaram a Disney, o Harry Potter World e Londres, além de participarem de um passeio temático inspirado no Expresso Polar durante o Natal.
Sua mãe, Stephie Allsopp, expressou a dor de ver a filha enfrentando uma batalha tão difícil. “Estou devastada por perder minha filha, mas ainda mais porque meus netos perderão sua rocha, sua provedora, seu cobertor de conforto”, desabafou.
Apesar das adversidades, Ashleigh quer garantir que seus filhos tenham lembranças felizes ao seu lado. “Espero que eles se lembrem que eu estava presente e que lutei o máximo que pude”, concluiu.