O estudo, conduzido por pesquisadores das Universidades de Bristol, Exeter e Finlândia Oriental, acompanhou 1.931 jovens ao longo de 14 anos e constatou que o tabagismo persistente aumenta em 52% o risco de alterações no coração, incluindo crescimento anormal do órgão, dificuldades de relaxamento e aumento da pressão no fluxo sanguíneo até os 24 anos.
Mesmo ao considerar outros fatores como obesidade, sedentarismo e colesterol elevado, os pesquisadores identificaram que o impacto direto do cigarro sobre a estrutura cardíaca foi de 30%. Segundo os cientistas, este é o maior estudo já realizado sobre os efeitos do tabagismo ativo no coração de jovens saudáveis.
Cigarros eletrônicos também oferecem riscos
Além do cigarro tradicional, os pesquisadores alertam para os perigos do vaping e do uso de cigarros eletrônicos, cujas substâncias podem causar danos aos pulmões e afetar o ritmo cardíaco. “O fumo na adolescência não apenas eleva o risco de doenças cardíacas na meia-idade, mas também provoca danos precoces e duradouros ao coração”, explica a pesquisadora Emily Bucholz.
Alerta para pais e autoridades
Os especialistas reforçam a necessidade de ações preventivas, incluindo medidas mais rigorosas contra o consumo precoce de nicotina. Além de campanhas educativas para conscientizar os jovens, a recomendação é fortalecer políticas públicas, como ambientes livres de tabaco e restrições à publicidade de produtos à base de nicotina.
Os achados do estudo servem como um importante alerta sobre os impactos do tabagismo desde a juventude, destacando a urgência de estratégias para combater o consumo precoce e seus efeitos irreversíveis no organismo.