O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), inaugurou, na última quarta-feira (02/04), a nova sede do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões, localizado na cidade de Tabatinga (AM), na região da tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru. O novo espaço substituirá a antiga sede, que funcionava em um prédio alugado, e abrange uma população de mais de 73 mil indígenas de sete etnias, incluindo Ticuna, Kocama, Kaixana, Kambeba, Kanamari, Witoto e Maku-Yuhup, com a Ticuna sendo o maior povo indígena do Brasil.
O DSEI Alto Rio Solimões atende 240 aldeias, onde o transporte fluvial é o principal meio de acesso, utilizado por 95% da população. A obra, que representou um investimento de R$ 2,44 milhões, foi inteiramente custeada com recursos próprios do Ministério da Saúde.
Inauguração e Investimento na Saúde Indígena
O evento de inauguração contou com a presença do secretário da Sesai, Weibe Tapeba, que estava acompanhado da coordenadora do DSEI, Geralda Ozório, e do coordenador do DSEI Manaus, André Mura. A cerimônia teve caráter festivo, com recepção aos convidados, falas das autoridades, corte da faixa inaugural, visita guiada pelas novas instalações e uma apresentação cultural, encerrando com um coffee-break.
Em sua fala, Weibe Tapeba ressaltou os avanços da gestão na área da saúde indígena: “Conseguimos expandir os atendimentos de saúde indígena para todos os estados da federação. Com muito esforço e investimento, conseguimos entregar essa obra após 18 meses de trabalho, superando os desafios da região. Agora, este espaço será um benefício que atenderá várias gerações, o que é extremamente gratificante”, afirmou.
Nova Infraestrutura e Equipamentos
A nova sede do DSEI conta com uma infraestrutura moderna, incluindo diversas salas, depósito para armazenamento de medicamentos, farmácia e guarita, todos os ambientes já estão equipados e em pleno funcionamento. O DSEI Alto Rio Solimões está organizado em unidades de saúde indígenas, com 13 Polos Base, 16 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSIs), 1 Casa de Saúde Indígena (CASAI) regional e 5 CASAIs locais. Essas unidades são equipadas e compostas por equipes multiprofissionais, sendo que 90% dos profissionais que atuam no DSEI são indígenas, distribuídos entre as unidades para melhor atender à população local.