A Associação Americana de Diabetes (ADA), juntamente com entidades médicas
brasileiras, está emitindo um alerta sobre os riscos do uso de versões manipuladas do
medicamento semaglutida. amplamente prescritos para o tratamento de diabetes tipo 2,
controle de peso e redução de riscos cardiovasculares, são aprovados pela FDA, agência
reguladora dos Estados Unidos. especialistas destacam que a manipulação desses
medicamentos pode comprometer sua segurança e eficácia.
A ADA adverte que as versões manipuladas dessa substância podem conter concentrações
imprecisas, o que aumenta o risco de reações adversas e diminui a eficácia do tratamento.
Além disso, esse produto não oferece garantias sobre a qualidade e a origem dos insumos,
o que eleva a preocupação sobre a integridade dos tratamentos.
A semaglutida, um medicamento biológico que age como agonista do hormônio GLP-1, têm
mostrado resultados positivos no controle do diabetes e na perda de peso. Isso contribuiu
para a crescente demanda pelos fármacos, cujo custo mensal pode variar de R$ 1.000 mil a R$
3.000 mil.
No Brasil, a semaglutida já está disponível, A alta demanda pela semaglutida gerou
esgotamento de estoques em diversas farmácias e clínicas, o que tem levado muitos
pacientes a recorrer às versões manipuladas.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica (ABESO) reforçam a recomendação da FDA e publicaram, em (04/02),
um posicionamento conjunto contra o uso dessa versão manipulada. A endocrinologista
Cintia Cercato, membro da SBEM e presidente do conselho da ABESO, alerta que “não
indica em nenhuma circunstância o uso de versões manipuladas, pois não há garantias
sobre a qualidade, segurança ou eficácia desses produtos”.