Padilha vacina lideranças indígenas e reforça importância da imunização no acampamento terra Livre

Reprodução: Foto/Agência Brasil

Durante visita ao Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou de um ato simbólico para reforçar a importância da vacinação entre os povos indígenas. Médico de formação, Padilha aplicou pessoalmente doses da vacina contra a gripe em lideranças indígenas e autoridades do governo federal, como forma de dar visibilidade à Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza.

O ATL é a maior mobilização indígena do Brasil e reúne, todos os anos, representantes de diferentes etnias para discutir pautas de direitos, saúde e território. “Aproveitamos esse espaço de grande representatividade para mostrar que a vacina é uma ferramenta fundamental de proteção à vida”, afirmou o ministro após aplicar as doses.

Entre os imunizados estavam Joenia Wapichana, presidenta da Funai; Ricardo Weibe Tapeba, secretário nacional de Saúde Indígena; a deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG); e Alberto Terena, um dos coordenadores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organização responsável pelo ATL.

Povos indígenas entre os grupos prioritários

Os indígenas estão entre os grupos que têm direito à vacinação gratuita contra a influenza nas unidades públicas de saúde. A campanha foi iniciada no dia 7 de abril nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Já na Região Norte, onde o inverno amazônico começa no segundo semestre, a vacinação será realizada mais adiante.

Além dos povos indígenas, o público-alvo da campanha inclui:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Idosos;
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Professores;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais da segurança, das Forças Armadas e do sistema prisional;
  • Pessoas com doenças crônicas ou deficiência permanente;
  • Caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo e portuário.

Desafios: desinformação e logística

Durante a visita, Padilha também fez um alerta importante: o combate à desinformação e ao negacionismo é um dos principais obstáculos enfrentados pelas campanhas de vacinação. “Infelizmente, as fake news chegaram até os territórios indígenas, atingindo não só as comunidades, mas também profissionais de saúde. Enfrentar essas mentiras é essencial para salvar vidas”, destacou.

Outro desafio mencionado pelo ministro é a complexidade logística para garantir que as vacinas cheguem a todas as comunidades. “Estamos falando de uma operação que envolve helicópteros, aviões, equipamentos com cadeia de frio móvel, uso de energia solar e equipes espalhadas em todas as regiões indígenas do país”, explicou Padilha. Segundo ele, atualmente todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) contam com médicos e equipes de saúde.

Mês da Vacinação dos Povos Indígenas começa em abril

Além da campanha contra a gripe, o Ministério da Saúde anunciou que abril também será marcado pelo Mês da Vacinação dos Povos Indígenas. A ação tem início no dia 25 e pretende intensificar a aplicação de vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação em todos os territórios indígenas — incluindo os de acesso mais remoto. A iniciativa conta com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

“A vacina é uma das primeiras formas de proteger a vida. Por isso, vamos garantir que chegue a todos os povos indígenas, em todos os cantos do país”, reforçou o ministro.

Fonte: Agência Brasil

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