O pilates segue ganhando cada vez mais adeptos ao redor do mundo — e não é à toa. Conhecido por promover consciência corporal, equilíbrio e flexibilidade, o método criado por Joseph Pilates também desperta dúvidas comuns, especialmente em relação ao fortalecimento muscular. Mas, afinal, pilates ajuda mesmo a ganhar força?
De acordo com especialistas na área, sim. O pilates contribui para o fortalecimento muscular ao combinar movimentos de alongamento com exercícios de resistência, promovendo um aumento no tônus muscular. “O método trabalha o corpo como um todo, priorizando a estabilidade, o controle e a fluidez nos movimentos. Como resultado, há um ganho significativo de força, especialmente na musculatura profunda”, explica um profissional da área.
No entanto, ele alerta: não existe uma fórmula única para todos. A intensidade e os exercícios aplicados variam conforme o perfil de cada praticante. É necessário considerar aspectos individuais como morfologia, biomecânica e limitações físicas. “Cada corpo tem suas particularidades, por isso o pilates precisa ser personalizado”, reforça.
Resultados visíveis — e rápidos
Um dos pontos positivos do método é que os efeitos começam a ser percebidos logo nas primeiras sessões, especialmente entre pessoas sedentárias ou com limitações de mobilidade. A prática regular pode melhorar rapidamente a respiração, o tônus muscular e a flexibilidade. “O progresso é gradativo, mas o impacto inicial é muito positivo”, afirma o especialista.
Pilates pode ser praticado por quem tem hérnia de disco?
Sim, e com muitos benefícios. Segundo o profissional ouvido, o pilates é uma excelente ferramenta terapêutica, inclusive para quem convive com hérnia de disco. A prática ajuda a fortalecer os músculos estabilizadores da coluna, reposicionar vértebras e aliviar a pressão sobre os discos intervertebrais. “Com o tempo, os sintomas diminuem consideravelmente”, garante.
Pilates, musculação, CrossFit… qual escolher?
Para quem busca ganho de força muscular, o pilates não é a única opção. Modalidades como musculação, natação, treinamento funcional e até o CrossFit também promovem esse tipo de desenvolvimento. “Cada uma dessas práticas tem um foco e um ritmo. A musculação, por exemplo, tende a oferecer resultados mais rápidos em termos de força bruta e definição estética, mas não trabalha com a mesma profundidade aspectos como respiração e consciência corporal”, explica.
Ou seja, não se trata de escolher uma ou outra, mas sim entender qual modalidade combina melhor com seus objetivos e seu momento atual.
Musculação pode substituir o pilates?
Apesar de ambas promoverem ganhos físicos, não dá para dizer que uma substitui a outra. O pilates tem um caráter terapêutico e é mais acessível para pessoas com limitações físicas ou condições de saúde específicas. Já a musculação costuma exigir um nível maior de esforço físico e pode ser mais restritiva para determinados perfis. “Enquanto o pilates prioriza a harmonia entre corpo e mente, com ênfase em respiração e alongamento, a musculação foca na força e hipertrofia”, diferencia o especialista.
O interesse só cresce
Mesmo sem dados oficiais sobre o número de praticantes de pilates no Brasil, o interesse pelo tema é crescente. Em 2021, o termo “pilates” foi pesquisado mais de 288 milhões de vezes no Google, demonstrando o quanto essa prática tem despertado a curiosidade — e mudado rotinas.