Creatina na adolescência: quando é o momento certo para começar a suplementar?

Reprodução: Foto/cidadecult

Com a popularização da creatina entre quem busca melhorar o desempenho físico e ganhar massa muscular, cresce também o número de adolescentes interessados no suplemento. Mas será que existe uma idade ideal para iniciar o uso? E, principalmente, quais os riscos de uma suplementação feita sem orientação?

Apesar de não existir uma idade mínima definida por lei para o uso de creatina, especialistas alertam que a decisão de incluir o suplemento na rotina de adolescentes deve ser cuidadosamente avaliada. É fundamental analisar o estado nutricional do jovem, o funcionamento dos rins, o nível de maturidade biológica e a real demanda esportiva antes de qualquer prescrição.

“Em casos sem justificativa clínica ou esportiva, não é recomendado iniciar a suplementação na infância ou adolescência”, destaca um profissional da área.

Riscos do uso sem acompanhamento

Um dos perigos do consumo desregulado de creatina – especialmente quando feita com produtos de baixa qualidade ou sem supervisão – é o agravamento de quadros de acne, problema bastante comum nessa faixa etária. “Isso acontece, principalmente, com suplementos contaminados, geralmente os mais baratos ou adquiridos sem controle, muitas vezes escondido dos pais”, explica um especialista.

Além disso, o uso sem acompanhamento pode sobrecarregar os rins e comprometer o equilíbrio metabólico do organismo em desenvolvimento.

Para que serve a creatina?

A creatina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo, formada a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. Ela é sintetizada principalmente pelo fígado, rins e pâncreas, e tem como principal função fornecer energia para os músculos.

No contexto da suplementação, a creatina atua como um reforço energético para treinos intensos e de curta duração. Além de melhorar a performance, ela contribui para o ganho de força, o aumento da massa muscular e a recuperação após os exercícios. Alguns estudos também apontam possíveis benefícios para o funcionamento cerebral e prevenção de doenças crônicas.

Prejudica o crescimento?

Apesar dos receios comuns, o uso adequado da creatina não interfere no crescimento ou no desenvolvimento hormonal de adolescentes. No entanto, a recomendação é que o suplemento só seja introduzido após a realização de exames clínicos, como avaliação da função renal e análise detalhada do histórico de saúde do jovem.

Segundo profissionais da área, o ideal é que a suplementação em adolescentes ocorra apenas em situações específicas – como em atletas com alta demanda física – e sempre com acompanhamento de nutricionista ou médico do esporte. Fora isso, a prioridade deve ser uma alimentação equilibrada, que supra as necessidades energéticas e nutricionais dessa fase da vida.

Como a creatina age no corpo?

A atuação da creatina está ligada ao sistema de produção rápida de energia, conhecido como ATP-CP. Durante exercícios de alta intensidade, ela ajuda a manter os níveis de energia muscular por mais tempo, adiando a sensação de fadiga.

De acordo com especialistas os efeitos da suplementação costumam começar a aparecer após cerca de três semanas, mas esse tempo varia de acordo com a dose utilizada, a rotina de treinos e a resposta individual de cada organismo.

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