Com o avanço dos casos de dengue em diversas regiões do Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) deu mais um passo importante na preparação da rede de atendimento. Profissionais da saúde estadual participaram recentemente de uma capacitação voltada para a atualização dos protocolos clínicos relacionados à doença, além de fluxos de referência e transferência dentro do sistema de saúde.
A formação também incluiu orientações sobre critérios para hemotransfusão, um ponto delicado no manejo de casos mais graves da dengue. A iniciativa busca fortalecer a capacidade de resposta dos serviços de saúde, especialmente em um cenário de possível aumento no número de infecções.
De acordo com o médico Anderson Dantas, diretor da Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar da Sesapi (DUDOH), a atualização é fundamental para garantir agilidade e precisão no atendimento. “Os novos protocolos ajudam os profissionais a reconhecer os sinais de alerta da doença com mais clareza, tomar decisões mais seguras em relação ao uso de sangue e encaminhar os pacientes de forma adequada para unidades com maior complexidade”, explica.
Essa ação faz parte do conjunto de estratégias da Sesapi para reforçar a assistência hospitalar e promover um cuidado mais resolutivo e seguro, especialmente em períodos de maior circulação do Aedes aegypti.
Além das medidas adotadas pelas autoridades, a Sesapi reforça que a participação da população é determinante no combate à dengue. Pequenas atitudes no dia a dia podem evitar a proliferação do mosquito transmissor. Entre elas:
- Evitar água parada em vasos de plantas, pneus e garrafas;
- Manter caixas d’água sempre bem fechadas;
- Limpar calhas e recipientes que acumulam água com frequência;
- Usar telas em janelas e repelentes, principalmente em áreas com maior incidência;
- Comunicar imediatamente os focos do mosquito às equipes de vigilância sanitária.
A superintendente de Atenção aos Municípios, Leila Santos, destaca que a prevenção é uma responsabilidade compartilhada. “O engajamento da população é indispensável. Quando cada um faz a sua parte, conseguimos proteger a saúde coletiva e conter o avanço da dengue nas comunidades”, reforça.