Escolas serão pontos estratégicos para vacinação infantil e adolescente em 2025

Reprodução: Foto/MS

O Ministério da Saúde vai reforçar, em 2025, a imunização de crianças e adolescentes com ações coordenadas diretamente nas escolas. A estratégia, apresentada em um webinário promovido na última sexta-feira (11/04) pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), busca não apenas aumentar a cobertura vacinal entre menores de 15 anos, mas também combater a desinformação e promover a educação em saúde desde cedo.

Mais de 1.500 profissionais da saúde e da educação de todas as regiões do país acompanharam a transmissão ao vivo do evento, que detalhou as diretrizes técnicas e operacionais da campanha “Vacinação nas Escolas 2025”. A iniciativa segue até 31 de maio, com uma semana de mobilização nacional programada para o período entre 14 e 25 de abril.

Segundo Ana Catarina de Melo Araújo, coordenadora-geral de Incorporação Científica e Imunização, a presença das equipes do SUS nas escolas representa muito mais do que a simples aplicação de vacinas. “É uma oportunidade de educar, de orientar pais e responsáveis e de construir uma cultura de valorização da imunização, especialmente em tempos de desinformação”, destacou.

A campanha prevê a atualização da caderneta vacinal de crianças e adolescentes com doses de acordo com a faixa etária, incluindo vacinas contra HPV, meningite ACWY, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), entre outras. A imunização será feita tanto no ambiente escolar quanto por meio do encaminhamento dos estudantes às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sempre mediante autorização dos responsáveis.

Investimento e monitoramento

Para viabilizar a ação em escala nacional, o Ministério da Saúde está investindo R$ 150 milhões — sendo R$ 15,9 milhões destinados aos estados e R$ 134 milhões aos municípios. Os repasses levam em conta aspectos como extensão territorial, número de escolas, infraestrutura local e complexidade logística.

Uma novidade importante é que, a partir deste ano, a vacinação realizada nas escolas passa a ser oficialmente reconhecida como estratégia específica de imunização. Isso significa que as doses aplicadas nesse contexto deverão ser registradas com a marcação “Vacinação Escolar”, o que permitirá monitorar mais de perto os resultados e o impacto da campanha.

Ana Catarina reforçou ainda a importância de ampliar o alcance da vacinação entre adolescentes de 15 a 19 anos — faixa etária que costuma apresentar maior resistência ou dificuldade de acesso aos serviços de saúde. “A escola tem se mostrado um espaço fundamental para alcançar adolescentes, especialmente no caso da vacina contra o HPV, que ainda enfrenta muita desinformação. Precisamos aproveitar esse ambiente para promover proteção e conscientização”, concluiu.

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