Brasil e China avançam em parceria para construção do primeiro Hospital Inteligente do país

Reprodução: Foto/MS

O Brasil deu mais um passo rumo à inovação na saúde pública com o reforço da cooperação estratégica com a China. Em reunião realizada nesta última quarta-feira (16/04), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para tratar da consolidação de acordos voltados à transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS) e ao fortalecimento da indústria da saúde.

Entre os temas centrais da reunião, esteve a construção do primeiro hospital digital de referência do país, que será instalado em São Paulo e contará com mais de 800 leitos. O projeto, que integra soluções avançadas como inteligência artificial para gestão hospitalar e melhoria do atendimento, será financiado por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira dos países do BRICS.

“A ampliação da parceria com a China é essencial para o futuro do SUS. Estamos falando não só de inovação e tecnologia, mas de garantir um sistema de saúde mais inclusivo, eficiente e voltado para o bem-estar da população”, destacou Padilha.

Cooperação vai além do hospital inteligente

A reunião também reafirmou compromissos assumidos na Declaração Conjunta entre Brasil e China, assinada nos últimos anos pelos presidentes Lula e Xi Jinping. O documento traça uma visão de futuro centrada no desenvolvimento sustentável, inclusão social e fortalecimento de setores estratégicos, como saúde e tecnologia.

A parceria abrange ainda a produção de insumos estratégicos, medicamentos, vacinas e equipamentos médico-hospitalares. Um dos destaques é o acordo para a produção nacional de insulina Glargina, utilizada no tratamento de diabetes tipo 2. A partir de 2025, cerca de 20 milhões de frascos serão fabricados em colaboração com empresas como Biomanguinhos (Fiocruz), Biomm e a farmacêutica chinesa Gan&Lee. Essa será uma inovação importante no SUS, considerando a crescente demanda por esse tipo de tratamento.

Outro marco da cooperação é o desenvolvimento da vacina contra a dengue, conduzido pelo Instituto Butantan. Para expandir a capacidade de produção, o instituto brasileiro firmou parceria com a empresa chinesa Uchi Biologics, fortalecendo a capacidade nacional de resposta a surtos da doença.

Transformação digital como política de Estado

Para o ministro Alexandre Padilha, a digitalização da saúde é um dos pilares da política pública brasileira nos próximos anos. Segundo ele, a adoção de tecnologias não se limita à modernização da infraestrutura hospitalar, mas deve estar integrada a estratégias amplas de combate à pobreza, redução das desigualdades e promoção de um sistema de saúde mais justo e sustentável.

A aproximação entre Brasil e China na área da saúde vem sendo intensificada desde 2023, quando o presidente Lula visitou o país asiático para firmar acordos bilaterais. Em 2024, a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil ampliou esse diálogo, consolidando um ciclo de cooperação que deve se expandir nos próximos anos.

“O entendimento entre os dois países é claro: fortalecer as relações para construir um mundo mais equilibrado e sustentável. A saúde está no centro desse compromisso”, ressaltou o embaixador Zhu Qingqiao durante o encontro.

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