Vitamina B9 pode ajudar a prevenir câncer de intestino, aponta estudo

Reprodução: Foto/freepik

Um estudo recente aponta que reforçar a presença da vitamina B9 — conhecida como folato ou ácido fólico — na alimentação pode reduzir o risco de câncer de intestino, uma das doenças que mais crescem em número de casos e mortes no Brasil.

A pesquisa, conduzida por cientistas do Imperial College London e publicada na American Journal of Clinical Nutrition, revela que o aumento de 260 microgramas da vitamina na dieta — além da recomendação diária de 400 microgramas — pode diminuir em até 7% as chances de desenvolver a doença.

Quanto consumir e onde encontrar a vitamina

Folato é naturalmente encontrado em alimentos como espinafre, brócolis, leguminosas e frutas cítricas. Para se ter uma ideia, cerca de 100g de brócolis cozido contêm aproximadamente 63 microgramas da vitamina. Ou seja, atingir a dose extra sugerida pelo estudo equivale a incluir mais vegetais verde-escuros no prato todos os dias.

Segundo o epidemiologista Konstantinos Tsilidis, que liderou a pesquisa, os dados analisados foram extraídos de mais de 50 estudos anteriores envolvendo mais de 70 mil pessoas. O trabalho foi financiado pelo World Cancer Research Fund, uma das maiores organizações internacionais voltadas à prevenção do câncer.

Alimentação como ferramenta de prevenção

Para Tsilidis, os resultados reforçam um princípio já conhecido por especialistas em nutrição: “Uma alimentação rica em vegetais, frutas, grãos integrais e leguminosas pode ser uma importante aliada na redução do risco de câncer de intestino.” Além do impacto direto do folato, o estudo também sugere que a vitamina pode interagir com determinadas regiões do DNA, como um trecho específico do cromossomo 3, influenciando de forma genética a proteção contra o tumor.

O nutricionista Matt Lambert, coautor da pesquisa, destaca que o folato é essencial não apenas na prevenção do câncer, mas também para a saúde geral. “É uma vitamina fundamental para a produção de glóbulos vermelhos e para o bom funcionamento do organismo como um todo. Incorporá-la à dieta de forma consistente pode ter efeitos amplamente positivos”, explica.

Um passo simples com grandes benefícios

Apesar de ser apenas um dos fatores de risco modificáveis, a alimentação tem um papel crucial na prevenção de diversos tipos de câncer. E estudos como este ajudam a reforçar o quanto mudanças relativamente simples — como priorizar alimentos frescos e naturais — podem ter impacto significativo na saúde a longo prazo.

Compartilhar:

Facebook
X
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *