Uma nova forma de insulina aplicada semanalmente pode representar um avanço importante no tratamento do diabetes tipo 1 e tipo 2. Dois estudos clínicos de fase 3 apontaram que a insulina efsitora alfa, que exige apenas uma aplicação por semana, teve desempenho comparável ao da insulina degludec, de uso diário, no controle dos níveis de glicose no sangue.
No primeiro estudo, que contou com 928 participantes com diabetes tipo 2, os resultados mostraram que a insulina efsitora foi tão eficaz quanto a degludec em manter a glicemia sob controle. Já no segundo ensaio, com 623 pessoas com diabetes tipo 1, a eficácia também se manteve equivalente ao longo das 52 semanas de acompanhamento.
Apesar dos bons resultados, o estudo sobre diabetes tipo 1 indicou uma diferença importante em relação à hipoglicemia. Entre os participantes que usaram a insulina semanal, 10% relataram episódios de hipoglicemia, em comparação com apenas 3% daqueles que usaram a degludec. No caso do diabetes tipo 2, não houve diferença estatisticamente significativa nesse tipo de evento.
Para os pesquisadores, a possibilidade de reduzir a frequência de aplicações pode representar uma mudança significativa na adesão ao tratamento, especialmente entre pacientes que enfrentam dificuldades com o uso diário da insulina. A administração semanal tem potencial para simplificar a rotina terapêutica e reduzir barreiras no início do tratamento.
Os resultados do estudo com pacientes com diabetes tipo 2 foram publicados no New England Journal of Medicine, enquanto os dados sobre o tipo 1 foram divulgados no The Lancet, duas das publicações científicas mais respeitadas da área médica.