Encerrando as atividades do Abril Azul — mês voltado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) —, o Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) promoveu, nesta sexta-feira (26/04), uma palestra com foco no combate ao capacitismo e na construção de ambientes mais inclusivos. A ação reuniu profissionais de diferentes áreas da instituição e gerou um espaço importante de reflexão e troca de experiências.
Quem conduziu a conversa foi a assistente social Odailma Aragão, integrante do Comitê Anticapacitismo do CRESS-PI. Durante a palestra, ela destacou os desafios cotidianos enfrentados por pessoas com deficiência e reforçou a importância de reconhecer suas potencialidades, além da necessidade urgente de eliminar comportamentos capacitistas, muitas vezes naturalizados no dia a dia.
“O primeiro passo para enfrentarmos o capacitismo é enxergá-lo nas nossas próprias atitudes e nos ambientes que frequentamos. A transformação começa com escuta ativa, respeito e o compromisso com a equidade”, pontuou Odailma. Segundo ela, embora nem sempre explícito, o capacitismo afeta diretamente a dignidade e o acesso a direitos básicos de quem vive com alguma deficiência.
Walber Paz, assistente social e integrante do Grupo de Trabalho Humanizado do hospital, destacou a força da mensagem trazida pela palestrante. “A fala da Odailma foi necessária e provocadora. Ela nos levou a refletir sobre nossas próprias práticas e reforçou que a verdadeira humanização começa no respeito às diferenças.”
Já a diretora geral do HILP, Leiva Moura, reforçou a importância da qualificação contínua das equipes. “Esse tipo de evento é essencial para fortalecer uma prática mais inclusiva no nosso dia a dia. O cuidado humanizado se constrói a partir do reconhecimento da individualidade de cada paciente”, afirmou.