Com a chegada das estações mais frias, aumentam os casos de doenças respiratórias — e entre os idosos, os riscos relacionados à gripe são especialmente preocupantes. Embora pareça uma enfermidade comum, o vírus Influenza pode causar complicações graves nessa faixa etária, como pneumonia e até a morte.
Dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) mostram um cenário alarmante: só em 2024, cerca de 21% dos brasileiros com mais de 60 anos internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não resistiram à doença. A boa notícia é que a vacina contra a gripe, disponibilizada gratuitamente no SUS para grupos prioritários, é uma forma eficaz de prevenção.
Vacinação é a principal defesa
Segundo o infectologista Igor, a imunização tem papel crucial na redução dos casos graves e na proteção da saúde pública. “A gripe pode evoluir rapidamente entre os idosos, levando a quadros sérios e, em alguns casos, fatais. A vacina reduz significativamente esse risco”, explica.
Ele destaca que, além de proteger quem recebe a dose, a vacinação ajuda a conter a circulação do vírus, beneficiando até mesmo os que, por algum motivo, não podem ser imunizados. “Quando mais pessoas se vacinam, diminuímos as chances de transmissão, o que impacta positivamente toda a comunidade”, afirma o médico.
Importante lembrar: a composição da vacina é atualizada todos os anos, de acordo com as variantes do vírus mais prováveis de circular. Isso garante uma proteção mais eficaz a cada nova campanha.
Sinais de alerta: sintomas da gripe
Entre os sintomas mais comuns da gripe estão febre alta (geralmente acima de 38 °C), dores no corpo e nas articulações, cansaço extremo, tosse seca, dor de garganta e dor de cabeça. Em alguns casos, também podem ocorrer calafrios, espirros, nariz entupido e olhos lacrimejantes. Crianças, por sua vez, podem apresentar vômitos e diarreia.
Apesar de parecida com o resfriado comum ou até com a COVID-19, a gripe costuma se manifestar de forma mais abrupta e com sintomas mais intensos. Isso reforça a importância de buscar avaliação médica diante dos primeiros sinais, principalmente em pessoas com maior vulnerabilidade.
Dicas para manter os idosos protegidos
Além da vacinação, alguns cuidados no dia a dia ajudam a reforçar a defesa contra o vírus da gripe, especialmente durante os meses mais frios:
- Agasalhe-se bem: Roupas adequadas ajudam a manter a temperatura corporal estável e evitam choques térmicos. Dê atenção especial às extremidades do corpo, como mãos, pés e cabeça.
- Alimente-se com qualidade: Uma dieta rica em vitaminas e minerais fortalece o sistema imunológico. Caldos com legumes e vegetais são ótimas opções para aliar nutrição e conforto térmico.
- Hidrate-se sempre: Mesmo sem sede, é essencial manter uma boa ingestão de líquidos. Água, chás naturais e sucos são aliados para manter o corpo hidratado e ajudar na recuperação em caso de infecção.
- Cuide do ambiente: Ambientes arejados reduzem a propagação de vírus. Evite locais com aglomeração e mantenha a ventilação natural em casa.
- Vacinação em dia: Não há prevenção mais eficaz contra a gripe do que a vacina. Disponível anualmente, ela é gratuita para idosos e outros grupos prioritários.
Higiene também faz parte da prevenção
Além dos cuidados com o clima e a alimentação, medidas simples como lavar as mãos com frequência e evitar contato próximo com pessoas doentes são fundamentais para evitar o contágio. “Esses hábitos complementam a proteção oferecida pela vacina e ajudam a reduzir a incidência de infecções respiratórias no geral”, reforça o infectologista.
Com a adoção desses cuidados, é possível atravessar o inverno com mais tranquilidade e segurança, especialmente para quem faz parte dos grupos mais vulneráveis, como os idosos. Prevenir ainda é o melhor remédio — e pode, literalmente, salvar vidas.
Fonte: Metrópoles