Dengue será foco do primeiro projeto da nova Coalizão Global lançada pelo Brasil

Reprodução: Foto/MS

O combate à dengue será o tema do projeto-piloto da Coalizão Global para Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo, iniciativa internacional liderada pelo Brasil e formalizada nesta última terça-feira (20/05), durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra (Suíça). O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que apresentou a Carta de Genebra, documento que oficializa a criação da Coalizão — considerada a principal entrega da presidência brasileira do G20 na área da saúde.

A proposta da Coalizão é ampliar a capacidade de produção local e regional de tecnologias em saúde, como vacinas, tratamentos, diagnósticos e terapias inovadoras, especialmente para doenças negligenciadas e populações vulneráveis.

Além do Brasil, fazem parte do grupo fundador França, Reino Unido, União Europeia, Alemanha, Turquia, Indonésia, África do Sul e outros países do G20. Organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), também foram convidadas a integrar os esforços, prestando suporte técnico e científico.

Cooperação internacional para enfrentar desafios antigos e novos

Durante o lançamento, Padilha destacou o papel estratégico da Coalizão. “Essa iniciativa representa uma oportunidade única para democratizar o acesso a tecnologias em saúde e, ao mesmo tempo, fortalecer a capacidade global de resposta a futuras emergências sanitárias. Começamos com a dengue, uma doença viral que há anos afeta países tropicais como o Brasil e que, com as mudanças climáticas, vem avançando para outras regiões do mundo.”

A iniciativa funcionará por meio de projetos concretos, desenvolvidos em parceria com países-membros, levando em conta suas demandas específicas e realidades locais. A ideia é fomentar um modelo de cooperação internacional que não apenas reforce as capacidades produtivas locais, mas que também reduza desigualdades no acesso à saúde.

Brasil lidera nos dois primeiros anos

Nos dois primeiros anos, o Brasil será responsável pela presidência e pelo secretariado da Coalizão. A coordenação nacional ficará a cargo do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), que fará a articulação com parceiros políticos, técnicos e científicos.

Segundo a secretária da SECTICS, Fernanda De Negri, a Coalizão é uma resposta concreta à desigualdade no acesso à saúde. “Vamos buscar o alinhamento entre capacidade produtiva, transferência de tecnologia e demandas estruturadas. O objetivo é garantir acesso equitativo a vacinas, diagnósticos e tratamentos, com base em prioridades regionais e evidência científica.”

A estrutura da Coalizão foi pensada para ser flexível. Com base na experiência acumulada com a dengue, os projetos futuros poderão ser direcionados para outras doenças ou emergências de saúde pública, sempre com foco na colaboração internacional e evitando sobreposição com outras iniciativas já existentes.

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