Pesquisadores da Universidade de North Sumatra, na Indonésia, sugerem que a dieta mediterrânea pode contribuir para uma maior proteção contra o Covid-19. A conclusão é baseada em uma revisão de estudos publicada entre 2020 e 2023, que analisou dados de mais de 55.400 participantes de cinco países diferentes.
A pesquisa teve como objetivo verificar se a adoção da dieta mediterrânea poderia alterar o risco de infecção e a gravidade da doença. Para isso, os cientistas revisaram seis estudos, sendo que quatro se basearam em relatos dos participantes sobre infecção por Covid-19, enquanto um identificou os casos por meio de testes de anticorpos. Nos estudos que avaliaram a gravidade dos sintomas, as conclusões também vieram dos relatos dos próprios participantes.
Efeitos da dieta sobre o risco de infecção
Os resultados mostraram que três dos estudos revisados indicaram uma relação “significativa” entre a adesão à dieta mediterrânea e a redução do risco de infecção por Covid-19. Em contrapartida, dois estudos não encontraram resultados relevantes. No geral, os participantes que seguiam a dieta mediterrânea apresentaram um risco menor de contrair a doença.
Impacto sobre a gravidade dos sintomas
Em relação à gravidade da doença, a pesquisa revelou que apenas um estudo encontrou uma ligação significativa entre uma maior adesão à dieta mediterrânea e a redução dos sintomas do Covid-19. Outros três estudos não observaram tal relação. Além disso, um estudo identificou que a dieta poderia reduzir as chances de um quadro grave de Covid-19, embora outros dois apresentassem resultados inconsistentes sobre esse aspecto.
