No último dia 25 de maio, foi celebrado o Dia Internacional da Tireoide, data que chama atenção para os cuidados com essa pequena, mas essencial, glândula do corpo humano. Responsável por regular funções vitais, como o metabolismo, a tireoide pode ser silenciosa — e, por isso mesmo, perigosa quando negligenciada.
Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), maior prestadora de exames de imagem do país, foram realizados mais de 229 mil exames de tireoide nos últimos cinco anos. Em 2024, só nos primeiros meses, já são 40 mil exames, e as mulheres representam 86% dessa amostra. Com base nesses números, especialistas listaram oito fatos importantes sobre a tireoide que todos deveriam saber:
1. Nódulos e hipotireoidismo são os diagnósticos mais comuns
Estudos apontam que até 50% da população pode ter nódulos na tireoide. O hipotireoidismo — quando a glândula funciona menos — é um dos distúrbios mais frequentes. Já o hipertireoidismo (excesso de hormônio) e o bócio (aumento do volume da glândula) também fazem parte do grupo de alterações que merecem atenção.
2. A tireoide é peça-chave do metabolismo
A glândula funciona como uma “bateria” do corpo: regula o crescimento, peso, humor, memória, fertilidade e outras funções essenciais. Quando há queda na produção de hormônios (hipotireoidismo), os sistemas do corpo desaceleram. Já no hipertireoidismo, tudo funciona rápido demais — o que também pode ser perigoso.
3. Exames acessíveis e tratamentos eficazes
O diagnóstico de alterações na tireoide pode ser feito por meio de exames de sangue e ultrassonografia. Em casos específicos, é necessário realizar punção guiada por imagem para investigar nódulos. A medicina nuclear também é uma aliada no diagnóstico. A boa notícia é que o tratamento costuma ser eficaz — desde o uso de medicamentos até cirurgias, quando necessário.
4. Estilo de vida também importa
Embora muitos casos tenham origem genética ou autoimune, manter hábitos saudáveis ajuda a prevenir agravamentos. Alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e exames regulares são aliados importantes.
5. Todas as idades podem ser afetadas — principalmente as mulheres
Embora os adultos representem mais da metade dos diagnósticos (55%), idosos, adolescentes e até crianças também podem apresentar doenças da tireoide. Em 2024, a FIDI registrou 35 mil exames realizados em mulheres — que concentram 86% dos casos. Os principais achados são tireoidite autoimune, nódulos e cistos.
6. Fatores de risco são diversos
Entre os principais fatores que elevam o risco para doenças da tireoide estão: histórico familiar, sexo feminino, idade, deficiência de iodo e condições autoimunes. A exposição à radiação na região do pescoço também é um alerta importante.
7. Câncer de tireoide é raro e tratável
Estima-se que o Brasil registre cerca de 16.660 novos casos de câncer de tireoide por ano entre 2023 e 2025, a maioria em mulheres. A doença, porém, costuma ter alta taxa de cura — especialmente quando diagnosticada precocemente. O tipo mais comum, o carcinoma papilífero, tem quase 100% de sobrevida em 10 anos.
8. A maioria dos nódulos não é câncer
Segundo o especialista, cerca de 90% dos nódulos são benignos. Os casos malignos são a minoria e, mesmo assim, têm bom prognóstico. Ainda assim, a recomendação é clara: nódulos devem ser monitorados com exames regulares.
Fique atento aos sinais do corpo, como alterações no peso, cansaço excessivo, mudanças de humor ou desconforto na região do pescoço. Conhecer e cuidar da saúde da tireoide é um passo fundamental para garantir bem-estar e qualidade de vida.