Estudo aponta que uso diário de multivitamínicos pode estar ligado a maior risco de morte precoce

Reprodução: Ri_Ya/pixabay

Um dos hábitos mais comuns entre adultos em busca de saúde e longevidade — o consumo diário de multivitamínicos — acaba de ser colocado em xeque por uma ampla pesquisa norte-americana. O estudo, publicado na revista científica JAMA Network Open, analisou dados de quase 400 mil pessoas ao longo de mais de 20 anos e concluiu que o uso regular de suplementos não reduz o risco de morte. Pior: pode até estar associado a um aumento da mortalidade.

Os pesquisadores acompanharam adultos saudáveis desde a década de 1990 e observaram que aqueles que tomavam multivitamínicos diariamente apresentaram uma ligeira elevação nas taxas de mortalidade nos primeiros anos de acompanhamento, em comparação com os que não usavam os suplementos.

“O uso para melhorar a longevidade não é apoiado pelos dados”, afirmam os autores do estudo.

Suplementos sem efeito preventivo

A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos e teve como foco avaliar os reais impactos dos multivitamínicos na expectativa de vida. Embora seja comum associar os suplementos à prevenção de doenças e ao fortalecimento geral do organismo, os resultados mostraram nenhuma evidência de benefício para viver mais.

Os cientistas alertam também para os possíveis riscos do uso indiscriminado. Doses excessivas de alguns nutrientes, como o ferro, já foram associadas a maior risco de doenças como diabetes e até demência. O uso de betacaroteno em forma de suplemento, por exemplo, foi relacionado a um aumento na incidência de câncer de pulmão em determinadas populações.

Quando os suplementos são realmente indicados?

Especialistas reforçam que os suplementos são úteis apenas em casos específicos — como deficiência comprovada de vitaminas, dietas restritivas (como o veganismo, que pode exigir suplementação de B12), ou em locais com pouca exposição ao sol, que podem demandar vitamina D.

“O problema é quando se usa um suplemento no lugar de uma alimentação equilibrada”, alerta o especialista, um dos autores da pesquisa. “Suplementos prometem demais e entregam menos”, afirma.

Alimentos naturais ainda são a melhor fonte

Para a maioria das pessoas, a melhor estratégia de prevenção de doenças e promoção da longevidade continua sendo a alimentação saudável e variada. Frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras fornecem os nutrientes necessários ao organismo, sem os riscos associados ao consumo excessivo de vitaminas e minerais em cápsulas.

“Comam alimentos saudáveis”, recomenda especialista. “É aí que está a chave para uma vida longa e com qualidade.”

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