Novo anticorpo monoclonal mostra eficácia no tratamento da colite ulcerativa resistente a outros medicamentos

Reprodução: silviarita/pixabay

Um tratamento experimental com o anticorpo monoclonal tulisokibart demonstrou resultados promissores em pacientes com colite ulcerativa que não haviam respondido a outras terapias. De acordo com um novo estudo clínico, mais de 26% dos pacientes tratados com a substância entraram em remissão dos sintomas em 12 semanas, em comparação com apenas 1,5% dos que receberam placebo.

Entendendo a colite ulcerativa

A colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal (DII) que afeta o cólon e o reto. Os sintomas incluem:

  • Cólicas e dores abdominais
  • Diarreia crônica (com ou sem sangue)
  • Perda de peso
  • Fadiga
  • Sangramento retal

A doença pode ser debilitante e, em alguns casos, resistente aos medicamentos disponíveis, como corticoides, imunossupressores e terapias biológicas.

Como funciona o novo tratamento?

O tulisokibart atua bloqueando uma proteína chamada TL1A, associada ao aumento da inflamação e à fibrose intestinal. Ao inibir essa proteína, o medicamento pode reduzir a resposta inflamatória, proporcionando alívio dos sintomas e favorecendo a cicatrização do tecido intestinal.

Resultados do estudo clínico

O estudo, realizado ao longo de 12 semanas, incluiu dois grupos de pacientes com colite ulcerativa moderada a grave:

  • Primeira fase: 135 pacientes receberam tulisokibart intravenoso (1.000 mg na primeira dose, seguido de 500 mg nas semanas 2, 6 e 10) ou placebo.
    • Resultado: 26,5% dos tratados com tulisokibart atingiram remissão clínica na semana 12, frente a 1,5% do grupo placebo.
  • Segunda fase: 75 pacientes foram selecionados com base em um teste diagnóstico (“Dx-positivo”), para identificar os mais propensos a responder ao tratamento.
    • Resultado: 31,6% dos pacientes Dx-positivos tiveram remissão, comparado a 10,8% no grupo placebo.

Efeitos colaterais

Os efeitos adversos foram considerados leves a moderados, ocorrendo em 46% dos pacientes tratados com tulisokibart e em 43% do grupo placebo, indicando um perfil de segurança aceitável para uma medicação imunológica.

O que vem pela frente

Com os resultados encorajadores da fase inicial, um estudo de fase 3 está sendo planejado para avaliar a eficácia a longo prazo e a segurança do tulisokibart em um grupo maior de pacientes.

“Esses dados sugerem que o tulisokibart pode representar uma nova e eficaz alternativa de tratamento para pacientes com colite ulcerativa que não obtiveram resposta adequada a terapias existentes”, concluem os autores.

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