Hospitais privados e filantrópicos poderão reforçar o SUS em troca de créditos para abater dívidas com a União

Reprodução: Foto/MS

O Governo Federal anunciou, nesta terça-feira (24/06), uma nova estratégia para ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias especializadas no SUS com o apoio da rede privada e filantrópica. Por meio de créditos financeiros gerados a partir dos serviços prestados ao SUS, os hospitais poderão quitar ou abater dívidas tributárias com a União. A medida será viabilizada por Portaria Interministerial dos ministérios da Saúde e da Fazenda e integra o programa Agora Tem Especialistas.

O valor estimado de compensação é de R$ 2 bilhões por ano. Os créditos poderão ser utilizados para dívidas tributárias vencidas ou a vencer a partir de janeiro de 2026. Já os atendimentos especializados começam a ser oferecidos a partir de 2025.

Como vai funcionar:

  • Adesão voluntária dos hospitais filantrópicos e privados.
  • Negociação prévia das dívidas com o Ministério da Fazenda.
  • Submissão ao Ministério da Saúde, que avaliará a oferta com base na demanda regional e na tabela oficial de procedimentos do SUS.
  • Com a aprovação, os hospitais passam a atender pacientes do SUS.

O que são os créditos financeiros:

  • Equivalem à remuneração dos atendimentos especializados realizados.
  • Válidos apenas para hospitais que aderirem ao programa e fizerem acordo tributário com o governo.
  • Serão compensados em dívidas fiscais a partir de 2026.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o ineditismo da medida:

“Estamos mobilizando toda a estrutura de saúde do país para enfrentar uma dívida histórica com a população: o tempo de espera por procedimentos essenciais.”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou:

“É uma medida que fortalece o SUS, salva vidas e faz justiça social ao unir capacidade pública e privada com responsabilidade fiscal.”

Sobre o Agora Tem Especialistas:

O programa visa reduzir filas e ampliar o acesso a serviços especializados no SUS com base em seis estratégias:

  1. Uso máximo da capacidade instalada pública, privada e filantrópica.
  2. Mutirões e serviços móveis especializados.
  3. Acesso via plataformas digitais (SUS Digital).
  4. Ações inter-regionais e interestaduais (ex: oncologia).
  5. Fortalecimento dos Complexos Regulatórios de Saúde.
  6. Formação e provimento profissional contínuo.

Mais detalhes estarão disponíveis em portaria conjunta dos ministérios da Saúde e da Fazenda, que será publicada em breve.

Compartilhar:

Facebook
X
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mostre a sua marca e aumente seus ganhos

O seu anúncio aqui (365 x 270 px)
Últimas Notícias
Assuntos

Inscreva-se na nossa newsletter

Fique sempre atualizado sobre os cuidados com a sua saúde.