Crescimento excessivo de pelos pode ter origem hormonal: entenda as causas e como tratar

Reprodução: studiogstock/freepik

O aparecimento de pelos em excesso e em áreas incomuns do corpo, principalmente em mulheres, pode ser mais do que uma questão estética. Muitas vezes, está relacionado a desequilíbrios hormonais que estimulam o crescimento desordenado dos pelos – uma condição conhecida como hirsutismo.

Esse quadro é geralmente causado por altos níveis de andrógenos, hormônios masculinos como a testosterona e a diidrotestosterona (DHT), ou por uma sensibilidade aumentada dos folículos pilosos à ação desses hormônios. Mas o desequilíbrio hormonal nem sempre é o único fator: a genética e o histórico familiar também podem influenciar a forma como o corpo responde aos andrógenos.

Principais causas hormonais do hirsutismo

Entre as causas mais comuns estão distúrbios hormonais como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), hiperplasia congênita da suprarrenal, alterações nas glândulas adrenais ou ovarianas e até tumores produtores de andrógenos.

A SOP é, disparadamente, a causa mais frequente, sendo responsável por até 80% dos casos. Essa síndrome envolve alterações hormonais e metabólicas, como resistência à insulina, sobrepeso e ciclos menstruais irregulares. Outras causas incluem o hirsutismo idiopático, quando o crescimento excessivo de pelos ocorre mesmo com níveis hormonais normais, e o uso de certos medicamentos, como testosterona ou corticoides.

Depilação a laser: aliada no controle dos pelos

Um dos métodos mais eficazes para lidar com o excesso de pelos causado por distúrbios hormonais é a depilação a laser. A técnica atua diretamente nos folículos pilosos, destruindo-os de maneira progressiva por meio de feixes de luz que são absorvidos pela melanina presente nos pelos. É especialmente eficaz em pelos escuros e mais espessos, comuns em quadros de hirsutismo.

Como o crescimento dos pelos ocorre em ciclos, o laser tem melhores resultados na fase de crescimento ativa, o que exige várias sessões para alcançar uma redução duradoura.

Mas atenção: o laser não resolve a causa hormonal

Embora a depilação a laser ofereça resultados visíveis e melhore o bem-estar dos pacientes, ela deve ser vista como um complemento ao tratamento clínico. Para evitar que os pelos voltem a crescer, é essencial tratar a causa hormonal subjacente. Isso pode incluir o uso de anticoncepcionais, medicamentos antiandrogênicos ou outras terapias específicas, sempre com acompanhamento médico.

Tratamento multidisciplinar é o mais indicado

O manejo do hirsutismo deve ser feito de forma integrada, com diagnóstico hormonal preciso, tratamento clínico e, se necessário, suporte psicológico. A abordagem multidisciplinar permite não só controlar o crescimento dos pelos, mas também melhorar a autoestima e a qualidade de vida de quem convive com esse problema.

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