Ministério da saúde lança projeto para formar lideranças comunitárias e valorizar saberes locais

Reprodução: Ministério da saúde

O Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Brasília), lançou nesta semana o Projeto Territórios Saudáveis e Sustentáveis na Promoção do Cuidado, que tem como foco principal a formação de lideranças comunitárias e a valorização de práticas locais de cuidado à saúde.

Com um investimento de R$24 milhões, o projeto visa fomentar estratégias intersetoriais e interseccionais voltadas à promoção da saúde, equidade e participação popular em todas as regiões do país. A iniciativa, também chamada de Territórios de Cuidado, terá início ainda em 2025 com ações nos estados das regiões Norte e Nordeste. A implementação nacional será feita de forma gradual, contemplando as 27 unidades federativas do Brasil.

Participação popular no centro das decisões

Voltado a lideranças de movimentos sociais, conselheiros de direitos e profissionais da Atenção Primária à Saúde, o projeto aposta em metodologias de educação popular e na pedagogia da alternância — modelo que combina teoria e prática em ciclos de aprendizagem no território. O objetivo é incentivar a criação de soluções coletivas saudáveis, sustentáveis e solidárias, a partir do diálogo entre o conhecimento científico e os saberes populares.

“Buscamos desenvolver processos formativos que integrem saúde, equidade e saberes locais, colocando os territórios no centro das decisões. O fortalecimento da participação popular no SUS é uma diretriz essencial da iniciativa”, destacou Ângela Leal, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (Deppros), do Ministério da Saúde.

A proposta é coordenada conjuntamente pelo Deppros e pelo Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (Psat) da Fiocruz Brasília. Segundo Jorge Machado, coordenador do Psat, o foco está na ação territorial participativa.

“A essência do projeto está na mobilização de processos críticos com base no protagonismo das comunidades, promovendo uma reflexão sobre o cuidado coletivo e a articulação com políticas públicas locais”, explicou.

Oficinas e formação com foco nos territórios

A etapa inicial do projeto prevê a realização de uma oficina de mobilização para apresentação do escopo da formação. Em seguida, serão abertas as inscrições para até 50 participantes por território, com duração de três meses de formação. As ações formativas envolveram temas como cuidado comunitário, educação em saúde, políticas públicas e mobilização social.

As informações sobre critérios de seleção, inscrições e cronograma completo serão divulgadas nos canais oficiais do Ministério da Saúde e da Fiocruz nas próximas semanas.

O lançamento oficial ocorreu durante um seminário em Brasília, que reuniu especialistas, gestores públicos, lideranças sociais e representantes de movimentos populares. O evento discutiu caminhos para o fortalecimento da promoção da saúde com base no protagonismo comunitário e na valorização cultural dos territórios.

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