A Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) iniciou nesta semana uma série de ações voltadas para a qualificação e busca ativa de casos de tuberculose ativa e latente. A iniciativa, que segue até sexta-feira (04/07), ocorre em parceria com a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus) e tem como foco identificar precocemente a doença e interromper sua cadeia de transmissão, especialmente em populações vulneráveis.
A atividade integra o Programa de Controle de Tuberculose no Piauí e surge como resposta ao aumento recente nos índices da doença em diversas regiões do estado. Além do sistema prisional, também participam da ação unidades de saúde de referência, como o Hospital Infantil Lucídio Portella, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e o Hospital Natan Portella.
“A tuberculose tem cura, e o tratamento, que dura cerca de seis meses, é fundamental para interromper a transmissão. Nosso objetivo é reduzir o adoecimento da população com diagnóstico oportuno e tratamento eficaz”, explica Ivone Venâncio, supervisora do programa de tuberculose da Sesapi.
Foco em ambientes de maior vulnerabilidade
A busca ativa tem ênfase nos estabelecimentos penais, onde o risco de transmissão da doença é maior devido à alta concentração de pessoas e condições sanitárias adversas. A ação busca reforçar a resposta do serviço de saúde dentro do sistema prisional e ampliar o rastreio de casos latentes — forma em que a bactéria está presente no organismo, mas ainda sem manifestação de sintomas.
A atividade contempla ainda a capacitação de profissionais da saúde para melhorar o fluxo de atendimento, diagnóstico e tratamento da tuberculose, tanto nas unidades prisionais quanto nos hospitais envolvidos.
“Trabalhamos com a proposta de reduzir a transmissão local, melhorando a vigilância epidemiológica e o controle da tuberculose no estado”, reforça Ivone Venâncio.
Situação da doença
De acordo com dados da Sesapi, o Piauí registrou um aumento nos casos de tuberculose nos últimos anos, especialmente em áreas urbanas com maior densidade populacional. A doença, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, é transmitida pelo ar e afeta principalmente os pulmões, podendo levar à morte se não for tratada adequadamente.
A Sesapi reforça que o diagnóstico precoce e o tratamento regular são fundamentais para o controle da doença. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser seguido rigorosamente até a cura.
