O Programa Agora Tem Especialistas, iniciativa do governo federal para ampliar o acesso da população a médicos especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS), deu mais um passo importante nesta terça-feira (02/07) com a primeira reunião do Comitê de Acompanhamento da política. O encontro ocorreu no Ministério da Saúde, em Brasília (DF), e marca o início das atividades do colegiado criado pela Portaria GM/MS nº 7.046.
Composto por 14 entidades e representantes do próprio ministério, o comitê tem como missão acompanhar e fortalecer a implementação do programa, que é considerado uma das ações mais ambiciosas já adotadas para combater a longa espera por atendimentos e procedimentos especializados no SUS.
“Esse comitê visa à interlocução para aprimorar o programa e cumprir seu objetivo, que é reduzir o tempo de espera da população por procedimentos especializados em todo o país”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Panorama e avanços do programa
Durante a reunião, o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales, apresentou os primeiros resultados e iniciativas do programa, lançado há pouco mais de um mês. Entre os destaques, estão:
- Ampliação dos turnos de atendimento em unidades públicas e hospitais privados credenciados;
- Criação do Super Centro para Diagnóstico do Câncer, que vai acelerar o rastreio e diagnóstico oncológico;
- Lançamento do edital Mais Médicos Especialistas, voltado à formação e ampliação de especialistas no SUS;
- Novo modelo de parceria com hospitais privados e filantrópicos, que agora podem prestar serviços ao SUS mediante compensação por crédito financeiro.
Para Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o comitê será peça-chave para o sucesso da iniciativa. “Essa é a política pública mais complexa que o Ministério da Saúde já enfrentou. O espaço de diálogo institucional criado mostra o grau de seriedade e o compromisso do governo com a saúde da população brasileira”, afirmou.
Governança e participação social
O comitê integra o eixo Governança, um dos dez pilares do programa, e simboliza o compromisso com a gestão colaborativa, a transparência e o diálogo federativo e social. Além do Ministério da Saúde, compõem o grupo:
- Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
- Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)
- Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)
- Conselho Nacional de Saúde (CNS)
- Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS)
- Hospitais de excelência do Proadi-SUS
- Associação Médica Brasileira (AMB), entre outros.
O trabalho do colegiado será contínuo, com encontros regulares para monitorar indicadores, discutir desafios e aprimorar estratégias, garantindo que os avanços da política pública cheguem efetivamente à ponta do sistema e beneficiem os milhões de brasileiros que dependem do SUS.



