Conhecida no universo esportivo por melhorar o desempenho físico e favorecer o ganho de massa muscular, a creatina vem ganhando destaque por seus efeitos positivos também em idosos. Estudos recentes mostram que a substância, uma das mais pesquisadas no campo da nutrição esportiva, pode prevenir a perda de massa muscular, aumentar a força, melhorar a função cognitiva e até colaborar para a saúde óssea.
“Suplementar creatina em idosos traz diversos benefícios, principalmente na preservação e ganho de massa muscular, ajudando a prevenir a sarcopenia. Também melhora a força e a capacidade funcional, facilitando as tarefas do dia a dia”, explica uma especialista em nutrição geriátrica.
A sarcopenia é a perda progressiva de massa muscular que acompanha o envelhecimento, comprometendo a mobilidade, o equilíbrio e a independência do idoso. Nesse contexto, a creatina — quando associada à prática regular de exercícios físicos — pode atuar de forma eficaz para retardar esse processo.
Possível aliada do cérebro
Além dos efeitos físicos, estudos vêm sugerindo que a creatina também pode beneficiar a memória e a função cognitiva em pessoas mais velhas. A substância atua no metabolismo energético das células cerebrais, o que pode contribuir para manter a saúde neurológica ao longo da idade.
“Quando combinada com exercícios, a creatina pode inclusive ajudar na saúde óssea, outro ponto importante na terceira idade”, acrescenta a especialista.
Pode tomar todo dia?
Segundo os especialistas, a creatina pode ser usada de forma contínua por idosos, desde que haja acompanhamento profissional. O uso regular é essencial para que os efeitos desejados sejam alcançados ao longo do tempo.
“Idosos podem — e geralmente devem — tomar creatina de forma contínua para obter seus benefícios, como o ganho de força muscular e possíveis melhorias nas funções cognitivas”, afirma a especialista.
No entanto, a recomendação é clara: a suplementação deve sempre ser feita com orientação de um nutricionista ou médico, especialmente em casos de condições pré-existentes como doenças renais. A dose ideal pode variar conforme o perfil de cada paciente, e o uso responsável potencializa os benefícios e evita riscos.