Metade dos adultos do mundo poderá ter sobrepeso ou obesidade até 2050

Reprodução: Foto

Um estudo publicado na revista científica The Lancet acendeu um alerta global: até 2050, metade da população adulta do planeta poderá estar com sobrepeso ou obesidade. Entre crianças e adolescentes, o número também é preocupante: um terço poderá ser afetado, caso nenhuma medida seja adotada com urgência.

De acordo com os pesquisadores, isso representaria mais de 3,8 bilhões de adultos e 746 milhões de jovens em situação de risco, com consequências graves para a saúde pública, a economia e a qualidade de vida em escala global.

Crescimento acelerado

Entre 1990 e 2021, as taxas de obesidade mais do que dobraram no mundo. Em 2021, 2,1 bilhões de adultos e 493 milhões de crianças e adolescentes já viviam com sobrepeso ou obesidade. A tendência é de crescimento ainda mais acentuado nas próximas décadas, caso não sejam implementadas políticas públicas de prevenção e promoção da saúde.

Países como China, Índia e Estados Unidos concentram os maiores números absolutos de casos, mas o avanço mais acelerado deve ocorrer em regiões como o Norte da África, Oriente Médio e África Subsaariana. Nesta última, estima-se um aumento de mais de 250% na prevalência da obesidade até 2050.

Impacto nos jovens

A situação entre os mais jovens também preocupa. O estudo aponta uma transição preocupante de sobrepeso para obesidade em diversas partes do mundo, especialmente na América Latina, Caribe, Norte da África e Oriente Médio. Esses dados revelam uma mudança significativa nos padrões de saúde pública, exigindo atenção urgente de governos e organizações internacionais.

Consequências e recomendações

Especialistas alertam que o avanço da obesidade impactará diretamente o aumento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares, além de elevar os custos com saúde pública e reduzir a expectativa de vida.

“Sem ações políticas urgentes, a epidemia de obesidade trará consequências devastadoras para a saúde global e para os sistemas de saúde pública”, aponta o estudo.

Os pesquisadores recomendam políticas públicas eficazes, programas educativos, promoção de hábitos alimentares saudáveis e incentivo à prática de atividades físicas como medidas essenciais para conter o avanço da obesidade nas próximas décadas.

Compartilhar:

Facebook
X
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *