Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram uma nova técnica promissora para tratar distúrbios neurológicos como Parkinson, epilepsia e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) sem necessidade de cirurgia cerebral. A inovação usa nanodiscos magnéticos microscópicos que podem ser injetados diretamente no cérebro e ativados por campos magnéticos externos, oferecendo uma alternativa menos invasiva à tradicional estimulação cerebral profunda feita com eletrodos implantados.
Os nanodiscos têm cerca de 250 nanômetros de diâmetro — 500 vezes menores que a espessura de um fio de cabelo humano. Quando expostos a um campo magnético, o núcleo magnético dos discos comprime sua camada externa eletricamente carregada, gerando impulsos capazes de estimular neurônios nas áreas-alvo do cérebro.
Testes com camundongos demonstraram que os discos conseguiram ativar regiões cerebrais ligadas ao sistema de recompensa e ao controle motor — incluindo o núcleo subtalâmico, onde eletrodos são comumente implantados para controlar sintomas do Parkinson. Ao contrário da cirurgia tradicional, a estimulação com nanodiscos pode ser controlada remotamente, por meio de um eletroímã externo.
Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores alertam que os nanodiscos ainda não produzem estímulos suficientemente potentes para aplicações clínicas em humanos. Além disso, estudos futuros precisarão confirmar a segurança e eficácia da técnica em longo prazo. Ainda assim, o avanço é considerado um passo importante em direção a terapias neurológicas menos invasivas e mais acessíveis.
