Obesidade e tabagismo, quais impactos trazem para o coração?

Reprodução:Foto/Gov.br

Um novo estudo revela que a obesidade, o tabagismo e a hipertensão em adolescentes podem ser indicadores confiáveis do risco de doenças cardiovasculares na vida adulta, sem a necessidade de exames laboratoriais, como a dosagem de colesterol. Os pesquisadores sugerem que, em locais ou grupos onde esses exames não sejam acessíveis, a avaliação de fatores simples, como peso, pressão arterial e histórico de tabagismo, pode ser suficiente para identificar jovens em risco.

A pesquisa aponta que, embora a dosagem de colesterol ajude a prever o surgimento de problemas cardíacos, ela pode ser de difícil acesso para algumas populações. Portanto, a identificação dos fatores de risco cardiovasculares através de dados mais simples pode representar uma solução eficaz e menos onerosa. O estudo enfatiza que essas informações são valiosas para adotar medidas preventivas desde cedo.

“Com dados como peso, pressão arterial e histórico de tabagismo, podemos identificar adolescentes em risco de doenças cardiovasculares na vida adulta, facilitando a prevenção, reduzindo custos e eliminando a necessidade de exames laboratoriais iniciais”, afirma um dos pesquisadores. Essa abordagem permite intervenções precoces, como mudanças no estilo de vida, antes que problemas mais graves se manifestem.

O estudo, que envolveu 11.550 participantes dos Estados Unidos, Austrália e Finlândia, cruzou dados sobre a saúde de adolescentes entre 12 e 19 anos com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares após os 25 anos, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações. Os resultados mostraram que fatores como hipertensão, obesidade, tabagismo e colesterol elevado na adolescência estão fortemente associados à incidência de doenças cardiovasculares na vida adulta.

A pesquisa revela ainda que, após considerar esses fatores não laboratoriais, a dosagem de lipídios no sangue não se mostrou essencial para determinar quem estava em maior risco. A doença cardiovascular pode começar a se manifestar desde a infância, e a prevenção deve ser direcionada a crianças e adolescentes com fatores de risco modificáveis. Obesidade e pressão arterial elevada, por exemplo, contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose, condição que aumenta o risco de infarto e AVC.

Adolescentes com sobrepeso frequentemente apresentam elevações na pressão arterial e no colesterol, o que agrava as chances de complicações cardiovasculares na vida adulta. Além disso, a obesidade na juventude aumenta a probabilidade de se tornar adulto obeso, perpetuando esses riscos à saúde.

De acordo com especialistas, o primeiro check-up cardiovascular deve ser realizado entre os 10 e 12 anos, especialmente em jovens com histórico familiar de doenças cardíacas ou fatores de risco. A avaliação envolve medidas simples, como peso, altura, pressão arterial e questionários sobre hábitos de vida e alimentação. Para aqueles com estilo de vida saudável, o foco deve ser na manutenção de boas práticas, como alimentação equilibrada, exercícios físicos, sono de qualidade e a prevenção do tabagismo.

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