Botox pode causar botulismo? entenda a relação e como prevenir complicações

Reprodução: Maykudi/pixabay

Após a notificação de dois casos de botulismo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou que as farmacêuticas que comercializam produtos com toxina botulínica – popularmente conhecida como botox – incluam nas bulas o alerta sobre o risco de efeitos adversos em áreas distantes da aplicação. A medida visa informar os consumidores sobre os sintomas graves da doença, que podem surgir horas ou até semanas após a injeção.

Quais são os sintomas do botulismo?

De acordo com a dermatologista Juliana, os principais sintomas do botulismo incluem fraqueza muscular, visão dupla, ptose palpebral (queda da pálpebra superior), dificuldades para engolir e falar, boca seca e, nos casos mais graves, paralisia respiratória. A doença pode ser fatal caso não receba tratamento adequado com suporte ventilatório. Em casos de suspeita, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente.

“As causas do botulismo podem variar. Pode ser resultante da ingestão de alimentos contaminados com a toxina, infecção de feridas pelo Clostridium botulinum, ou pelo uso inadequado de toxina botulínica, especialmente em doses excessivas ou produtos falsificados, como alertado pela Anvisa”, explica a médica.

Embora o botox seja amplamente utilizado para procedimentos estéticos, a dermatologista assegura que, quando aplicado corretamente, a toxina botulínica é segura. “É essencial utilizar produtos licenciados e seguir as orientações de dosagem. Quando administrada por profissionais capacitados, a toxina botulínica tem um excelente perfil de segurança. Para que ocorra um efeito fatal, seria necessário injetar de 25 a 30 frascos inteiros de uma toxina legítima”, acrescenta Juliana.

Atoxina botulínica continua segura, mas atenção é essencial

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) também destacou que o uso de toxina botulínica em tratamentos estéticos, como a redução de rugas, é comprovadamente seguro, com base em mais de 25 anos de estudos científicos. O risco maior, de acordo com a entidade, é o uso de produtos falsificados, sem controle de pureza ou administrados por profissionais não qualificados.

“Este caso reforça a necessidade de conscientização sobre a origem dos produtos e a escolha de profissionais habilitados para a aplicação”, conclui a especialista.

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