Adapi intensifica vacinação contra a brucelose em Campo Maior para proteger rebanhos e a saúde pública

Reprodução: Foto/GOV PI

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), vinculada à Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), promoveu no último fim de semana uma ação de vacinação contra a brucelose em bezerras do município de Campo Maior, no Centro-Norte do estado. A iniciativa faz parte de uma estratégia maior para combater a doença que, além de atingir rebanhos, representa riscos à saúde humana.

A vacinação, que é obrigatória em fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade, tem impacto direto na prevenção da doença tanto nos animais quanto nas pessoas. Isso porque a brucelose é uma zoonose — ou seja, pode ser transmitida para humanos, geralmente por meio do consumo de leite cru ou contato com animais infectados.

Segundo o secretário da Sada, Fábio Abreu, controlar a brucelose é fundamental não apenas para preservar a saúde dos rebanhos, mas também para garantir a segurança da população. “A vacinação é crucial especialmente em municípios como Campo Maior, onde a pecuária tem forte peso econômico. Além dos prejuízos nos rebanhos, a doença pode afetar a saúde pública e causar sérios impactos sociais”, destaca.

A doença é causada pela bactéria Brucella e compromete principalmente o sistema reprodutivo dos animais, podendo provocar abortos, nascimento de crias mortas e até infertilidade. Em humanos, os sintomas incluem febre prolongada, dores articulares e mal-estar generalizado.

Campanha já imunizou mais de 500 bezerras na região

Somente no primeiro semestre de 2025, a Adapi vacinou 527 bezerras em 70 propriedades distribuídas entre os municípios de Campo Maior, Jatobá do Piauí, Nossa Senhora de Nazaré e Boa Hora. O próximo foco da campanha será nas cidades de Boqueirão do Piauí e Sigefredo Pacheco, que ainda não registraram cobertura vacinal.

Mesmo com os bons resultados obtidos até agora, a adesão à vacinação ainda enfrenta desafios. Segundo o médico-veterinário João Teixeira, responsável pela regional da Adapi em Campo Maior, é essencial que os criadores estejam atentos ao calendário sanitário. “Nosso maior desafio é garantir que todos os produtores cumpram os prazos. Isso exige um esforço contínuo de orientação e mobilização”, afirma.

Penalidades para quem não vacinar

A não realização da vacinação dentro do prazo pode gerar sanções para os produtores rurais. Entre as penalidades estão o bloqueio do trânsito de animais no sistema da Adapi e restrições no acesso à Ficha Sanitária, documento exigido, por exemplo, para compra de milho junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Por isso, além das ações de campo, a Adapi tem investido fortemente na comunicação com os criadores, utilizando rádios comunitárias, redes sociais e encontros presenciais para ampliar o alcance das orientações.

A iniciativa faz parte do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), que tem como meta a erradicação dessas doenças nos rebanhos piauienses. Em um segundo momento, a agência poderá autuar criadores que permanecerem inadimplentes.

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