Anvisa aprova uso do medicamento Mounjaro para emagrecimento

Reprodução: peter-facebook/pixabay

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova indicação para o medicamento Mounjaro, que agora poderá ser utilizado como auxiliar no tratamento da obesidade e do sobrepeso. Até então, o fármaco era liberado no Brasil apenas para o controle do diabetes tipo 2.

Fabricado pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly, o Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida e se junta a outras chamadas “canetas emagrecedoras” já conhecidas no país, como Ozempic, Wegovy (ambos à base de semaglutida) e Saxenda (liraglutida).

Com a nova liberação, o medicamento poderá ser prescrito para adultos com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m² — o que caracteriza obesidade — ou acima de 27 kg/m², desde que associado a pelo menos uma comorbidade, como hipertensão, dislipidemia ou apneia do sono. A decisão amplia as opções terapêuticas para o controle do excesso de peso, especialmente em pacientes que enfrentam dificuldades com métodos convencionais.

Segundo o endocrinologista Alexandre Hohl, diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a aprovação representa um avanço importante. “A tirzepatida é inovadora, pois atua com um duplo mecanismo hormonal — GLP-1 e GIP —, ao contrário dos fármacos anteriores, que ativam apenas o GLP-1. Isso amplia a eficácia e oferece mais alternativas para os pacientes”, explica.

Preço e limitações

Apesar da promessa de eficácia, o custo do tratamento ainda é um obstáculo para grande parte da população. O Mounjaro começou a ser comercializado neste mês, com preços que variam entre R$ 1,4 mil e R$ 2,3 mil por mês, de acordo com a dose prescrita. Outros medicamentos da mesma categoria custam entre R$ 600 e R$ 1 mil mensais.

O diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Fábio Moura, alerta que o uso do medicamento deve estar associado a mudanças no estilo de vida. “É essencial manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas. O remédio ajuda, mas não faz tudo sozinho”, afirma. Ele também destaca que, apesar dos benefícios observados, as canetas injetáveis podem causar efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais. Além disso, o uso não é recomendado para gestantes ou mulheres em fase de amamentação, já que não há estudos conclusivos nesses grupos.

Fonte: Agência Brasil

Compartilhar:

Facebook
X
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mostre a sua marca e aumente seus ganhos

O seu anúncio aqui (365 x 270 px)
Últimas Notícias
Assuntos

Inscreva-se na nossa newsletter

Fique sempre atualizado sobre os cuidados com a sua saúde.