A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou, nesta última quinta-feira, (03/04), a proibição do uso da ora-pro-nóbis em suplementos alimentares no Brasil, destacando que a planta não é autorizada para esse fim.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e esclarece que a venda e promoção de produtos contendo ora-pro-nóbis como ingrediente estão em desacordo com a legislação sanitária. Para que um ingrediente seja permitido em suplementos alimentares, ele precisa passar por rigorosas avaliações de segurança e eficácia, que comprovem sua relevância nutricional ou funcional.
De acordo com a Anvisa, os suplementos alimentares não têm a finalidade de tratar ou curar doenças e são destinados a complementar a alimentação de pessoas saudáveis. Eles podem conter nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, mas não devem ser confundidos com medicamentos.
Importante frisar que a decisão da Anvisa se refere exclusivamente aos suplementos alimentares, não impactando o consumo ou comercialização da ora-pro-nóbis como planta. A Anvisa destacou que a ora-pro-nóbis, cientificamente conhecida como *Pereskia aculeata*, tem longa tradição no consumo alimentar, especialmente nos Estados de Goiás e Minas Gerais.
Nos últimos anos, a planta tem ganhado popularidade devido à sua rica composição nutricional, que inclui altas quantidades de proteínas e sais minerais, como magnésio, zinco e cobre. Esses compostos são conhecidos por seus benefícios ao sistema imunológico, ao humor e à memória. Além disso, estudos apontam que a planta possui substâncias antioxidantes que protegem as células do corpo e contribuem para a saúde dos vasos sanguíneos.