Bebês gigantes: entenda por que alguns nascem muito maiores que a média

Reprodução: bristekjegor/freepik

Casos como o do pequeno João Vitor, que nasceu com impressionantes 6,266 kg e 59 cm em Minas Gerais, sempre chamam atenção. Conhecidos popularmente como “super bebês”, esses recém-nascidos com peso acima do habitual despertam curiosidade — e também alertas médicos.

O nascimento ocorreu no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Caratinga, no último dia (03/04), e João Vitor já entrou para a história da maternidade como o maior bebê nascido no local. A mãe, Maria José, ainda está surpresa: “Apesar de sentir a barriga bem grande e ter dificuldades para me mover, não imaginava que ele seria tão grande assim”, contou.

O que é macrossomia fetal?

Quando um bebê nasce pesando 4 kg ou mais, os médicos classificam o caso como macrossomia fetal. Embora possa ocorrer naturalmente em algumas famílias — especialmente se os pais também têm estatura maior —, há outras causas que exigem atenção, principalmente durante o pré-natal.

Entre os fatores mais comuns estão:

  • Diabetes gestacional
  • Histórico familiar de bebês grandes
  • Síndromes genéticas específicas
  • Ganho de peso excessivo durante a gestação

O obstetra Evaldo destaca que a diabetes gestacional é uma das principais causas da macrossomia: “Quando a mãe apresenta níveis elevados de glicose durante a gravidez, o feto também absorve esse excesso, o que estimula o crescimento acelerado.”

A importância do pré-natal

Para a médica Lucia, o acompanhamento da gestação é essencial para detectar e controlar fatores de risco como a glicemia alta. “O monitoramento adequado da curva glicêmica e da curva de crescimento fetal ajuda a evitar complicações e permite um controle mais seguro para a mãe e o bebê”, afirma.

Segundo ela, exames como a glicemia de jejum, a curva glicêmica e a ultrassonografia obstétrica são fundamentais para identificar precocemente qualquer alteração no desenvolvimento do feto. “A ultrassonografia permite acompanhar o bebê em gráficos de percentis, e isso ajuda a prever se ele está crescendo mais do que o esperado”, completa.

Há riscos para bebês muito grandes?

Depende da causa. Se o bebê for grande por questões genéticas, como pais naturalmente maiores, dificilmente haverá complicações. Já nos casos ligados à diabetes gestacional, podem ocorrer alterações nos níveis de açúcar e eletrólitos do recém-nascido, além de dificuldades durante o parto, como a necessidade de cesariana.

Se a origem for uma condição genética específica, os riscos e cuidados variam conforme o diagnóstico. “É fundamental entender o que está por trás do crescimento acelerado para avaliar possíveis desdobramentos no pós-parto”, explica o obstetra Trajano.

É possível evitar a macrossomia?

Em muitos casos, sim. O controle da glicemia materna é um dos principais caminhos para evitar que o bebê cresça demais durante a gestação. Isso pode ser feito com uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos orientados e, se necessário, medicação para estabilizar os níveis de açúcar no sangue.

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