Um estudo internacional apresentou avanços promissores no tratamento do câncer de pulmão, demonstrando que a combinação dos medicamentos amivantamabe e lazertinibe pode prolongar a sobrevida de pacientes. A pesquisa foi divulgada no European Lung Cancer Congress 2025 e indicou um aumento de 25% na expectativa de vida de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) com mutação no gene EGFR.
Resultados do Estudo Mariposa A fase 3 do estudo Mariposa comparou a longevidade de 421 pacientes tratados com a nova combinação medicamentosa com um grupo de 428 voluntários que receberam osimertinibe, tratamento padrão atual. Os resultados mostraram que 56% dos pacientes submetidos à terapia combinada estavam vivos após três anos e meio, enquanto apenas 44% dos que receberam o tratamento tradicional permaneceram vivos. Além disso, a nova abordagem reduziu em 25% o risco de morte.
Impacto no Controle da Doença A oncologista Tatiane destacou a importância do estudo, ressaltando que ele representa um avanço significativo na sobrevida dos pacientes. Outro ponto positivo foi o aumento do tempo livre de progressão da metástase no sistema nervoso central, um desafio comum para esses pacientes.
Efeitos Adversos e Controle Os principais efeitos colaterais relatados foram inflamações ao redor das unhas (paroníquia) e manchas vermelhas na pele. Para reduzir essas reações, a Johnson & Johnson está conduzindo o estudo Cocoon, que mostrou que medidas como o uso de antibóticos e hidratação adequada podem minimizar os sintomas dermatológicos em 50% dos casos.
Aprovação no Brasil Em janeiro de 2025, a Anvisa aprovou a combinação de amivantamabe e lazertinibe para o tratamento de primeira linha de pacientes adultos com CPNPC avançado ou metastático com mutações específicas no gene EGFR. No entanto, o acesso ao tratamento no Brasil ainda é limitado devido ao alto custo dos medicamentos e ao processo regulatório de precificação pela CMED.
Revolução no Tratamento do Câncer de Pulmão Especialistas apontam que a descoberta de biomarcadores e o avanço das terapias-alvo revolucionaram o tratamento do câncer de pulmão na última década. Antes desses avanços, a expectativa de vida para pacientes com câncer metastático era de apenas seis meses. Hoje, graças à personalização do tratamento, a sobrevida pode se estender por até quatro anos, garantindo mais qualidade de vida aos pacientes.