O casal de Unaí, em Minas Gerais, tomou uma decisão radical ao tentar aumentar a família com a esperança de salvar a vida de seu filho mais velho, Antony Gael, de 2 anos. O pequeno Noah, que acabou de completar um mês de vida, representa uma luz de esperança para Antony, que sofre de uma doença rara e grave.
A única alternativa apontada pelos médicos para interromper a progressão da doença de Antony é o transplante de células-tronco, uma opção que se tornou viável com o nascimento de Noah.
Antony, o terceiro filho do casal, é portador da adrenoleucodistrofia, uma doença genética rara que também afetou seu irmão mais velho, Guilherme, de 18 anos, que perdeu funções motoras e cognitivas. A doença, que é transmitida geneticamente pela mãe e afeta predominantemente os meninos, causa danos significativos no cérebro e nas glândulas adrenais.
Em entrevista ao programa “Fantástico”, da Rede Globo, a mãe, Lorenna Silva de Oliveira, compartilhou que os primeiros sinais da doença em Guilherme apareceram quando ele tinha apenas seis anos, mas o diagnóstico só foi confirmado aos 10 anos. “Ele começou a esquecer coisas que sabia, até mesmo a ler. Buscamos respostas, mas os médicos demoraram para identificar o problema”, contou Lorenna, com um tom de angústia.
Como não havia um doador compatível para o transplante, o casal decidiu recorrer à fertilização in vitro, com a seleção de embriões, para ter um novo filho. A coleta e armazenamento do sangue do cordão umbilical de Noah possibilitaram a possibilidade de um transplante para ajudar Antony Gael.
“Esse filho que temos agora é uma verdadeira vitória para salvar outra vitória da nossa vida”, declarou o pai, Wagner José Medeiros, emocionado. “Ver Antony Gael tão saudável e alegre torna ainda mais difícil imaginar o que pode acontecer com ele no futuro. Vamos fazer tudo o que for possível por nossos filhos”, concluiu Lorenna, com esperança e medo ao mesmo tempo.