O ex-zagueiro da seleção brasileira Lúcio foi internado na última quinta-feira (15/05) após sofrer queimaduras causadas por acidente doméstico envolvendo uma lareira ecológica e reacendeu o alerta sobre os riscos de queimaduras em ambiente familiar. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 70% das queimaduras ocorrem dentro de casa, geralmente em situações cotidianas com líquidos quentes, superfícies aquecidas ou pequenos focos de fogo.
O que fazer na hora do acidente
Ao presenciar uma queimadura, o primeiro passo é interromper a causa da lesão, seja afastando a pessoa da fonte de calor ou apagando as chamas. Conforme orientação do Ministério da Saúde, a área afetada deve ser imediatamente resfriada com água corrente em temperatura ambiente. Não se deve usar gelo, pois ele pode piorar o dano à pele.
Após o resfriamento, é recomendado cobrir a região com um pano limpo e procurar atendimento médico, principalmente se a queimadura for profunda, extensa ou atingir regiões sensíveis, como rosto, mãos, pés ou genitais.
Classificação das queimaduras
As queimaduras são classificadas conforme a profundidade da lesão:
- Primeiro grau: afeta apenas a camada superficial da pele. Causa vermelhidão, dor leve e inchaço. É comum após exposição ao sol ou contato breve com objetos quentes.
- Segundo grau: atinge camadas mais profundas da pele, forma bolhas e provoca dor intensa. Pode ser causada por líquidos ferventes ou contato prolongado com superfícies quentes. Requer avaliação médica.
- Terceiro grau: lesão profunda que pode atingir músculos e até ossos. Pode não causar dor devido à destruição de terminações nervosas. Exige atendimento hospitalar imediato.
Além da profundidade, a extensão da área afetada e o perfil da vítima (crianças, idosos e gestantes, por exemplo) também influenciam a gravidade e necessidade de intervenção médica.
O que não fazer de jeito nenhum
Especialistas alertam que alguns costumes populares no tratamento de queimaduras são prejudiciais e devem ser evitados. Entre eles:
- Não aplicar substâncias caseiras como pasta de dente, manteiga, clara de ovo ou borra de café. Esses produtos podem aumentar o risco de infecção.
- Não estourar bolhas. Apenas profissionais de saúde devem realizar esse procedimento.
- Evitar cobrir a lesão com materiais não estéreis ou aplicar pomadas sem recomendação médica.
Segundo especialistas, uma queimadura mal tratada pode evoluir para infecções graves. Sinais de alerta incluem vermelhidão ao redor da lesão, presença de pus, febre e dor crescente.
Quando buscar ajuda com urgência
O atendimento de emergência deve ser acionado nos seguintes casos:
- Queimaduras extensas ou que envolvam grande parte do corpo
- Lesões causadas por eletricidade ou produtos químicos
- Roupas em chamas
- Vítimas crianças, idosos ou gestantes
- Alteração do nível de consciência, dificuldade respiratória ou sinais de choque
Nessas situações, a orientação é ligar imediatamente para o Samu (192) ou os Bombeiros (193).