O uso de esmaltes está presente na rotina de cuidados de muitas pessoas, mas pode esconder um risco à saúde quando não são adotadas medidas básicas de higiene. De acordo com especialistas, a contaminação cruzada — quando o mesmo produto é usado em diferentes pessoas sem os devidos cuidados — pode facilitar a transmissão de doenças como micoses, hepatite B e C e outras infecções.
Embora o esmalte contenha substâncias químicas que dificultam a sobrevivência de vírus e bactérias, isso não elimina o risco, especialmente se houver feridas, inflamações ou infecções nas unhas ou cutículas.
Esmalte pode ser vetor de doenças
“O esmalte pode se tornar um meio de contaminação quando aplicado em unhas com pequenas lesões ou micose. Se o pincel entra em contato com uma área infectada e volta para o frasco, ele pode contaminar outras pessoas”, explica uma especialista em microbiologia.
Esse risco aumenta em ambientes coletivos como salões de beleza, principalmente quando o produto é compartilhado ou quando os materiais utilizados — como alicates, espátulas, palitos e lixas — não são corretamente esterilizados.
Como reduzir os riscos de contaminação
A melhor forma de se proteger é adotar hábitos simples de prevenção. Veja as recomendações:
✅ Leve seu próprio esmalte e kit de manicure ao salão;
✅ Verifique se os instrumentos do salão são esterilizados em autoclave (equipamento usado em clínicas e hospitais);
✅ Evite fazer as unhas em caso de feridas, inflamações ou infecções na região;
✅ Não compartilhe esmaltes nem instrumentos com outras pessoas, mesmo em casa;
✅ Guarde os produtos bem fechados, em local seco e limpo.
Além disso, manicures e pedicures devem ficar atentas a sinais de lesão nas mãos ou pés dos clientes e evitar qualquer procedimento que possa agredir ainda mais a pele.
Públicos que exigem mais atenção
Pessoas com imunidade comprometida — como idosos, diabéticos ou pacientes em tratamento para doenças crônicas — estão mais suscetíveis a infecções. Nestes casos, os cuidados devem ser redobrados.
“A beleza deve andar junto com a saúde. Esmalte não é algo inofensivo quando negligenciamos os cuidados básicos de higiene”, alerta a especialista.