Congresso derruba veto e garante pensão vitalícia para vítimas da zika

Reprodução: Foto/Agência Brasil

Com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Congresso Nacional derrubou, nesta terça-feira (17/06), o veto ao Projeto de Lei 6064/2023, que estabelece pensão vitalícia no valor de R$7.786,02 para pessoas com deficiência causada pelo vírus Zika durante a gestação.

A decisão, comemorada por mães e familiares presentes no plenário, representa uma conquista histórica para centenas de famílias que, desde o surto da doença em 2015, enfrentam dificuldades com os custos de cuidados permanentes às crianças afetadas.

Acordo entre governo e oposição garantiu votação

A derrubada do veto foi possível graças a um acordo entre governo e oposição, que permitiu a votação conjunta de 29 propostas consensuais. O anúncio foi feito pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

“Reiteramos o compromisso do governo com a derrubada do veto, sob orientação direta do presidente Lula”, afirmou Randolfe.
“O veto havia sido necessário por questões formais da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas buscamos a solução e garantimos a fonte de financiamento”, explicou.

Ampliação de direitos para mães e pais

Além da pensão vitalícia, os parlamentares retomaram outro ponto do projeto: a ampliação da licença-maternidade e do salário-maternidade em 60 dias, inclusive para mães adotivas de crianças com microcefalia causada pelo zika. Já a licença-paternidade passa a contar com 20 dias adicionais.

A autora do projeto, senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), celebrou a decisão:

“Hoje estamos corrigindo um erro do governo. A pensão vitalícia é fundamental para garantir dignidade às famílias, mesmo quando as mães já não estiverem mais aqui.”

Vetos adiados e nova sessão até julho

Ao todo, a pauta da sessão incluía 60 vetos presidenciais. No entanto, 31 deles foram adiados e devem ser apreciados até 18 de julho, antes do recesso parlamentar. A próxima sessão do Congresso já está sendo articulada para essa data.

Entre os vetos que ficaram para depois, destacam-se:

  • A proposta que classifica a diabetes tipo 1 como deficiência;
  • Trechos da reforma tributária, como regras de locação de espaços físicos;
  • E a proposta de redução de 70% no Imposto de Renda sobre remessas ao exterior feitas por empresas de jogos eletrônicos (as chamadas bets).

Crédito suplementar aprovado

Ainda durante a sessão, o Congresso aprovou a abertura de um crédito suplementar de R$816,6 milhões para o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Os recursos serão destinados a concessionárias do setor ferroviário, em projetos logísticos já em andamento.

Já o projeto que prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda, com foco em maior progressividade, foi retirado da pauta por solicitação do governo e será incluído na próxima sessão.

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