Curso de primeiros socorros em áreas remotas será ampliado para aldeias indígenas em todo o país

Reprodução: Agência GOV

Em uma iniciativa conjunta entre a Força Nacional do SUS (FN-SUS) e a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), foi realizado um curso piloto de primeiros socorros em áreas remotas na Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana, no norte do Pará. O curso, que capacitou 64 indígenas de 15 etnias diferentes, visa preparar as comunidades para lidar com emergências de saúde em um contexto onde o acesso a serviços médicos é extremamente difícil.

A região da Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana é caracterizada por longas distâncias e dificuldades de acesso, com comunidades que dependem dos rios para locomoção e que podem levar de 10 a mais de 24 horas para buscar ajuda médica. O curso de primeiros socorros, realizado nos dias 19 e 20 de fevereiro, abordou temas como ataques de animais peçonhentos, fraturas, cortes, perfurações, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, afogamentos e amputações, com foco em aulas práticas e simulações.

O projeto piloto foi considerado um sucesso e deve ser replicado em outras aldeias indígenas do país. A iniciativa visa fortalecer a resiliência comunitária e preparar as comunidades para lidar com emergências de saúde, tanto no dia a dia quanto durante expedições de caça e atividades de demarcação e proteção do território.

Lideranças indígenas, como o cacique Kaiwi Wai Wai e o comunicador Zenildo Wai Wai, expressaram grande satisfação com o curso, destacando a importância do conhecimento adquirido para a segurança das comunidades. A equipe da FN-SUS e da Sesai também ressaltou o sucesso da iniciativa, com o consultor técnico Djair Soares destacando a importância de ensinar técnicas simples que salvam vidas em um contexto de difícil acesso.

O epidemiologista e socorrista Gustavo Leão, da Sesai, enfatizou que o curso piloto pode ser estendido a outras regiões do Brasil, dentro de territórios indígenas. O médico indígena Idjarrury Sompré destacou a importância da capacitação para situações extremas, que exigem cuidados rápidos e assertivos, e para a autonomia das comunidades.

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