Recentemente diagnosticada com esclerose múltipla, a modelo e apresentadora Carol Ribeiro chamou atenção para essa condição autoimune que afeta o sistema nervoso central. Aos 45 anos, ela acreditava estar passando por sintomas típicos da menopausa, mas acabou descobrindo que os sinais estavam ligados a uma doença crônica e silenciosa, que ocorre quando o sistema imunológico ataca a bainha de mielina — estrutura que protege as fibras nervosas.
Apesar de muitas vezes ser associada a casos graves e debilitantes, a esclerose múltipla tem apresentado avanços importantes nos últimos anos. A doença costuma se manifestar por surtos, seguidos de períodos de remissão, em que os sintomas podem desaparecer espontaneamente. No entanto, o tratamento moderno tem buscado impedir que esses surtos aconteçam com frequência, utilizando imunomoduladores capazes de controlar a resposta autoimune do organismo mesmo fora das crises.
Esses medicamentos modificadores de doença são aplicados por infusão venosa, podendo ser mensais ou semestrais, e estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A resposta ao tratamento varia de pessoa para pessoa, mas, de maneira geral, os pacientes relatam uma significativa melhora na qualidade de vida, com redução dos surtos e dos impactos provocados pela doença ao longo do tempo.
Sem uma causa exata conhecida ou fatores de risco clássicos como hipertensão ou tabagismo, a esclerose múltipla pode se manifestar com sintomas diversos, dependendo da área do sistema nervoso afetada. Entre eles estão visão turva, fraqueza muscular de um lado do corpo, perda de equilíbrio, dificuldades para urinar ou evacuar, além de alterações cognitivas e emocionais. Por isso, é fundamental procurar um neurologista ao notar qualquer sinal suspeito. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica e exames como a ressonância magnética e a análise do líquor por punção lombar.
