O Papa Francisco, que está internado em Roma há 22 dias, segue em estado de saúde estável, mas a situação é considerada “complexa”, conforme anunciado pelo Vaticano nesta sexta-feira (07/03). O pontífice foi diagnosticado com pneumonia bilateral no final de 2024, condição que exigiu múltiplas internações desde então.
A pneumonia bilateral é caracterizada pela infecção nos dois pulmões simultaneamente, e pode ser causada por vírus, fungos, parasitas ou bactérias. No caso do Papa, a condição é ainda mais delicada devido a problemas pulmonares crônicos. Desde os 21 anos, ele convive com complicações respiratórias, incluindo a remoção parcial de um pulmão em função de um pleurisma, uma inflamação na membrana que envolve o pulmão.
Em condições normais, os pulmões enfrentam microrganismos invasores que chegam pelo nariz ou garganta, mas, quando a quantidade de agentes patológicos é muito alta ou o pulmão não está funcionando adequadamente, a infecção pode evoluir para uma pneumonia. Pacientes com histórico de problemas pulmonares ou com idade avançada, como é o caso do Papa, estão mais vulneráveis a complicações graves da doença, que podem resultar em insuficiência respiratória. Se não tratada, a condição pode ser fatal.
Sintomas da pneumonia incluem:
- Tosse com secreção espessa ou com coloração alterada
- Dor no peito
- Calafrios
- Febre
- Dificuldade para respirar
Histórico de complicações e agravamentos no quadro de saúde do pontífice
O estado de saúde do Papa Francisco foi considerado crítico pela primeira vez em (22/02), quando o pontífice sofreu uma piora significativa, com crises de asma que exigiram aumento da ventilação mecânica. Durante esse período, ele também desenvolveu plaquetopenia, uma redução no número de plaquetas no sangue, frequentemente associada à anemia. Para estabilizar seu quadro, foram necessárias transfusões sanguíneas.
No dia seguinte, (23/02), o Papa apresentou insuficiência renal leve, agravando ainda mais sua condição. Em (28/02), o pontífice teve um broncoespasmo, uma contração involuntária intensa da musculatura pulmonar, resultando em uma crise respiratória grave. Durante o episódio, ele inalou parte de seu próprio vômito, o que exigiu uma broncoaspiração para limpar seus pulmões.
Esses agravamentos forçaram o uso de ventilação mecânica integral para o Papa, que segue em cuidados intensivos enquanto médicos monitoram de perto sua recuperação.